O PV anunciou, após convenção na tarde deste domingo (17), que manterá uma posição de neutralidade quanto ao segundo turno da campanha presidencial. Com isso, os filiados estão liberados para escolher se querem apoiar Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) na eleição de 31 de outubro. Marina Silva (PV), candidata verde agraciada com mais de 19 milhões de votos no primeiro turno presidencial, defendeu a posição do partido, dizendo que essa postura contribui para o equilíbrio do processo eleitoral. Marina não quis dizer em quem votará.
Cerca de 170 pessoas participaram da convenção, ocorrida em um espaço cultural da Vila Madalena, bairro de São Paulo (SP). Apenas quatro dos presentes teriam manifestado posição de alinhamento a Dilma ou Serra. Todos os demais compartilharam da posição de Marina Silva, optando pela neutralidade. Mesmo lideranças como Fernando Gabeira (PV-RJ), que já abriu voto para José Serra, apoiaram a decisão partidária de não apoiar nenhum candidato no segundo turno presidencial.
“O fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha”, garantiu Marina. Durante a convenção, Marina leu carta aberta, na qual criticou a “dualidade destrutiva” que teria tomado conta da campanha eleitoral nesse segundo turno. “A agressividade do confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz. Dois partidos que nasceram inovadores (PT e PSDB) hoje se mostram conservadores”, lamentou. Assumidamente evangélica, Marina cutucou os candidatos pela discussão religiosa durante a campanha. “Professei minha fé o tempo todo, mas sem fazer dela uma arma eleitoral”.
Por Igor Natusch – Sul 21 – www.sul21.com.br
Com informações de Agência Brasil e Folha de S. Paulo