Advocacia Geral da União diz que irá recorrer da decisão
A Justiça Federal do Ceará determinou na tarde desta quarta-feira que o Inep reaplique o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para todos os candidatos que se sentiram prejudicados pela inversão da ordem do cabeçalho no cartão-resposta e os que fizeram o caderno amarelo no sábado, primeiro dia de provas. Para refazer o teste, os estudantes precisam fazer um requerimento no site do Enem. No início da noite desta quarta-feira, a Advocacia Geral da União informou que irá recorrer da decisão. De acordo com o MEC, a AGU entende que a orientação do governo – de permitir que os alunos que fizeram o Enem solicitem a correção invertida e aplicar a nova prova para quem não teve o caderno amarelo com falhas de impressão substituído pelos fiscais – "é a medida mais justa para assegurar o direito aos alunos prejudicados, sem prejuízo daqueles que fizeram a prova regularmente, ou da apuração de outras ocorrências registradas em ata". A juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª vara federal do Ceará, entendeu que as provas foram "maculadas por erro de impressão e de montagem". As questões de 1 a 45 eram de ciências da natureza e as de 46 a 90, de ciências humanas, mas estavam identificadas de forma invertida. O erro ocorreu em todos os cartões distribuídos aos 3,3 milhões de participantes. O Ministério da Educação (MEC) ofereceu aos alunos que marcaram as respostas ao contrário a possibilidade de solicitar a correção invertida. Segundo a decisão da juíza, os estudantes que querem fazer uma nova prova têm até as 23h59min (horário de Brasília) do dia 26 de novembro para fazer o pedido através do site do Enem. MEC e Inep ainda não se manifestaram O MEC pretendia reaplicar o Enem apenas para um grupo restrito de alunos que receberam cadernos de prova amarelos, que não continham todas as 90 questões por um erro de montagem. O Ministério o Inep informaram que ainda não foram notificados da decisão. Inicialmente, o MEC estimava refazer o Enem para menos de mil alunos em seis estados: Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco, Sergipe, Paraná e Santa Catarina. A pasta estimava em remarcar a prova para o dia 4 de dezembro. Fonte: Correio do Povo e Agência Brasil |