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Acusação associa apenas Bruno e mais três à morte de Eliza Samudio

O advogado José Arteiro Cavalcante, que foi contratado pela mãe de Eliza Samudio para atuar como assistente de acusação do Ministério Público no processo sobre o sumiço da jovem, apresentou suas alegações finais no dia 25 deste mês à juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), onde tramita o processo. No documento, ele associa diretamente à suposta morte da vítima o goleiro Bruno Souza, ex-amante dela, Luiz Henrique Romão (o Macarrão), braço direito do atleta, Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do jogador, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pela Polícia Civil de Minas Gerais como o executor de Eliza.

No documento protocolado no fórum de Contagem, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, o advogado pede à magistrada que eles sejam pronunciados e levados a júri popular.

Em relação aos outros cinco réus no processo, o advogado também os acusa de participação no suposto crime, porém em menor grau. São eles: a ex-mulher do jogador Dayanne de Souza, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, Flávio Caetano de Araújo, Elenílson Vítor da Silva e Fernanda Gomes de Castro, ex-amante de Bruno.

No entanto, o promotor de Justiça Gustavo Fantini, que participou do processo pelo  Ministério Público, não é obrigado a seguir a linha de acusação de Arteiro. Ele pode ter apresentado sua alegação final de forma distinta à juíza. O prazo para que o MP se posicionasse foi anterior ao da assistência de acusação. Nesta semana, será a vez de os advogados de defesa apresentarem suas alegações. Eles podem se manifestar até o dia 3 de dezembro.

Mandante

Em sua justificativa, a qual o UOL Notícias teve acesso, o advogado José Arteiro cita o goleiro Bruno como “mandante” do crime e atribui a ele “crime covarde e premeditado, fruto da prepotência e da impunidade”.

“Bruno achou que poderia, em face de sua fama e seu dinheiro, matar quem fosse uma pedra em seu sapato”, escreve o advogado no documento.

Ele ainda afirma que os réus, nos depoimentos, tentaram fazer de “imbecis” o Ministério Público, advogados de acusação e a “sociedade numa forma geral e a própria Justiça”.
 
Arteiro ainda classificou os interrogatórios dados pelos réus à juíza Marixa, na semana de 8 a 12 de novembro, de um “festival de mentiras” provenientes de “mentes doentias.
“todos mentiram, especialmente o acusado Sérgio (Rosa Sales)”, cita Arteiro.

A juíza Marixa Fabiane informou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) que pretende apresentar a sua decisão no próximo dia 10 de dezembro.