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Conca é eleito o craque do Brasileiro em festa com bate-boca entre Flu e Corinthians

A rivalidade entre Corinthians e Fluminense chegou ao prêmio de melhores jogadores do Brasileiro. Na festa que coroou o meio-campista argentino Conca, do Flu, como o craque do campeonato, o que marcou foi um pequeno bate-boca entre o presidente corintiano, Andres Sanchez, e a torcida do time carioca.

CONFIRA OS MELHORES DO BRASILEIRÃO

Craque do Brasileirão Conca (Fluminense)
Craque da Galera Conca (Fluminense)
Revelação Bruno César (Corinthians)
Goleiro Fábio (Cruzeiro)
Lateral-direito Mariano (Fluminense)
Zagueiro pela direita Dedé (Vasco)
Zagueiro pela esquerda Miranda (São Paulo)
Lateral-esquerdo Roberto Carlos (Corinthians)
Volante pela direita Jucilei (Corinthians)
Volante pela esquerda Elias (Corinthians)
Meia-direita Montillo (Cruzeiro)
Meia-esquerda Conca (Fluminense)
Primeiro atacante Jonas (Grêmio)
Segundo atacante Neymar (Santos)
Técnico Muricy Ramalho (Fluminense)
Árbitro Sandro Meira Ricci

Mesmo ciente de que estava diante de diversos torcedores do Fluminense, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez cutucou a torcida tricolor. Vaiado intensamente, Andres ironizou o fato de o Fluminense ter subido de divisão no tapetão.

“Ser primeiro e rebaixado acontece com qualquer time grande. Mas o importante é voltar pela porta da frente”, disse o corintiano, que se retirou pouco depois após escutar coro de "sem ter nada" dado pela torcida do Flu.

Corinthians e Fluminense dividiram os holofotes também na entrega dos prêmios. Os corintianos tiveram três representantes na seleção do campeonato (Roberto Carlos, Jucilei e Elias). Fluminense e Cruzeiro com dois atletas cada (Conca e Mariano, e Fábio e Montillo). Santos, Grêmio, São Paulo e Vasco foram citados na seleção dos melhores (Neymar, Jonas, Miranda e Dedé).

Outro corintiano foi premiado: o meia-esquerda Bruno César, eleito revelação do campeonato. Conca desbancou Jonas e Montillo na categoria Craque do Brasileirão, o principal prêmio da noite. O meia argentino foi incluído na seleção do Nacional como melhor meia-esquerda e ainda levou o prêmio “Craque da Galera”, que é dado conforme escolha do público pela Internet.

Quatro vezes campeão brasileiro, Muricy Ramalho recebeu das mãos do técnico da seleção brasileira Mano Menezes o prêmio de melhor técnico do torneio.

A seleção do Brasileirão anunciada pela CBF foi composta por Fábio (Cruzeiro); Mariano (Fluminense), Dedé (Vasco), Miranda (São Paulo) e Roberto Carlos (Corinthians); Elias (Corinthians), Jucilei (Corinthians), Montillo (Cruzeiro) e Conca (Fluminense); Jonas (Grêmio) e Neymar (Santos).

Durante a apresentação das premiações, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, passou por momento de aperto. O dirigente foi amplamente vaiado pela plateia. Teixeira é acusado de corrupção na escolha da Fifa por determinada empresa de marketing.

As vaias aumentaram depois que o presidente da CBF parabenizou o centenário corintiano. A plateia foi formada majoritariamente por torcedores do time campeão nacional. Entre os presentes no Teatro Municipal estava o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, torcedor corintiano.

O ABC, campeão da Série C, o Coritiba, campeão da série B e a torcida do Bahia também foram lembrados por Teixeira.

A CBF já havia elogiado a postura do árbitro Sandro Meira Ricci na polêmica partida entre Corinthians 1 a 0 Cruzeiro, no Pacaembu. O árbitro virou referência nesta segunda-feira.

A participação de Ricci naquele jogo contribuiu para que o árbitro faturasse o prêmio de melhor homem do apito no Brasileiro. Meira marcou o polêmico pênalti em Ronaldo no duelo vencido pelo Corinthians sobre o Cruzeiro.

O evento promovido pela CBF deu atenção a ex-atletas. O governo criará fundo de pensão de jogadores. Diversos atletas participantes da Copa de 70 participaram da festa.

Por sua vez, o Ministro dos Esportes, Orlando Silva fez breve discurso, em que pediu para o Congresso votar o projeto de lei que dá dinheiro aos clubes formadores de atletas.

No fim da festa, a CBF homenageou Ronaldo, demonstrando ter superado o atrito do jogador com Ricardo Teixeira, que durava desde a Copa de 2006. Na ocasião, o dirigente havia dado indiretas à imprensa, responsabilizado os atletas mais experientes pela eliminação no Mundial diante da França.

“Quero agradecer o presidente Ricardo Teixeira. Esses momentos são marcantes. A minha vida inteira servi à seleção brasileira, comecei em 94. É muita honra”, diz Ronaldo.

A festa terminou com a equipe do Fluminense erguendo o troféu de campeão, com trilha sonora do hino do clube./uol