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Top 5 : os motivos para o fiasco do Internacional em Abu Dhabi

Confira os cinco itens que contribuiram para que os gaúchos acabassem eliminados vexatoriamente pelo Mazembe, na semifinal do Mundial de Clubes 2010, nos Emirados Árabes. Lista de inscritos, sistema de jogo, lideranças jogando mal, logística equivocada e dúvidas na camisa um compõem o cenário do insucesso.

Apostas erradas e contratação nula

AP/Hassan Anmar

Celso Roth escolheu mal a lista dos 23 jogadores que foram para o Mundial de Clubes da Fifa. Valorizando os defensores, o comandante gaúcho levou somente três atacantes: Rafael Sóbis, Alecsandro e o jovem Leandro Damião. Depois do corte do volante Glaydson, Roth convocou Eduardo Sasha. Durante a partida com o Mazembe, o quarto homem de frente, que poderia estar no banco, se fez necessário e o Inter não o tinha para tentar mudar o jogo. Além disso, o Inter não conseguiu inscrever o zagueiro Rodrigo. Contratado especialmente para o torneio foi vetado pela Fifa depois de se transferir mais do que o número permitido em 12 meses.

Treina assim e joga assado

AFP

Durante os quatro meses – entre a vitória em cima do Chivas, na final da Libertadores, e a estreia no Mundial, o técnico Celso Roth manteve o esquema 4-2-3-1, já sem Taison e a velocidade fundamental para a formatação. Sacrificou Rafael Sóbis como meia, deixou Alecsandro isolado na frente, mas não mudou. Em Abu Dhabi, no entanto, o comandante treinou só no tradicional 4-4-2. Na hora da estreia, a equipe voltou para a formação antiga. D’ Alessandro ficou isolado na direita, Alecsandro cercado por marcadores e o Inter tinha posse de bola, mas não finalizava com perigo ao gol de Kidiaba. O time estava treinado de um jeito, testou uma alternativa e no processo todo se perdeu. Falta de tato do comandante.

Rendimento dos líderes

Vipcomm

Mesmo com ambiente de estreia, estádio cheio e ansiedade, jogadores com experiência de sobra e alto nível de responsabilidade no Internacional foram abaixo do normal contra o Mazembe. O zagueiro Bolívar e o meia D?Alessandro são exemplos claros. O capitão vermelho foi vencido, facilmente, Kaluyituka sempre que o africano quis. Na base da velocidade e toque rápido de bola. No primeiro gol, Bolívar se afasta de Kabangu antes do chute que morre no canto esquerdo de Renan. Já o argentino, esteve apático, errando dribles e contribuindo muito pouco para o setor ofensivo do time. Não foi substituído, mas comprometeu um possível poder de reação.

Logística da viagem

Nabor Goulart/Agência Freelancer

Com o intuito de facilitar a viagem para sua delegação, a diretoria do Inter fretou um voo de uma companhia ibérica, partindo direto de Porto Alegre para Abu Dhabi. Para arcar com os custos, liberou a venda de bilhetes para a torcida. A aeronave que deveria ser diferenciada tinha a mesma estrutura de aviões padrão no Brasil, sem um conforto maior para os jogadores. Na escala técnica na Nigéria, a falta de um documento para prosseguimento da viagem atrasou o voo em quatro horas. Todos os passageiros, incluindo o grupo de jogadores e comissão técnica, ficaram sem alimentação. Já em solo árabe, o Inter se instalou em um hotel determinado pela Fifa, mas com total acesso para torcida.

Indefinições no gol

AP Photo/Hassan Ammar

A insegurança tomou conta do Inter cerca de 30 dias antes do começo do Mundial. À época, Celso Roth abriu um rodízio entre os goleiros do grupo para definir o titular. Renan não dispunha de todo apoio do comandante. Nem externa e pouco menos internamente. Ao fim e ao cabo, o camisa um foi mantido. Abbondanzieri e Lauro tiveram um irrisório jogo no Campeonato Brasileiro para atuar e o jovem Muriel completou o círculo, em uma espécie de premiação, envolta em um ambiente de plena confiança, quase mergulhando em otimismo exagerado. A postura de Roth quanto aos goleiros exemplifica o trato do profissional com seus comandados.