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Índio prevê ‘briga e morte’ se governo prosseguir com Belo Monte

Um dos líderes indígenas recebidos hoje no Palácio do Planalto afirmou que, se o governo insistir na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, vai haver "briga" e "morte" na região de Altamira (PA).

Evaristo Sa/AFP
Cerca de 100 índios e ativistas fizeram um protesto na Praça dos Três Poderes contra a construção de Belo Monte
Cerca de 100 índios e ativistas fizeram um protesto na Praça dos Três Poderes contra a construção de Belo Monte

"Se acontecer barragem de Belo Monte na nossa área vai ter problema. Vai ter briga, morte, doença, prejuízo da nossa área. E onde o índio vai viver? Onde o índio vai correr?", afirmou Ireô Caiapó, ao lado do cacique Raoni, após reunião com outros oito representantes da comunidade indígena com o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Rogério Sotilli.

Ireô Caiapó é o mesmo que participou da agressão ao engenheiro da Eletrobras Paulo Fernando Rezende, em 2008. Na ocasião, quando discursava aos índios em Altamira sobre benefícios da usina, foi atacado com um golpe de facão.

Segundo ele, a comissão recebida no Palácio do Planalto após protestos em frente à sede do governo entregou um documento pedindo que o governo desista da construção de Belo Monte.

A usina é avaliada em cerca R$ 19 bilhões. No fim de janeiro, o Ibama concedeu licença parcial de instalação. A autorização permite a abertura do canteiro de obras, com um desmatamento previsto, somente nesta fase, de 238 hectares.

Sotilli, que representou o ministro Gilberto Carvalho, que participa do Fórum Social Mundial, no Senegal, afirmou aos índios que o documento será entregue à presidente Dilma Rousseff.

"Com certeza ela vai entender o nosso documento e paralisar esse problema", afirmou Ireô Caiapó.

  Evaristo Sá/AFP