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Aviões franceses destroem quatro veículos das tropas de Gaddafi

Quatro veículos militares das forças do ditador líbio Muammar Gaddafi foram destruídos por aviões franceses em Benghazi, onde a França, em conjunto com outro países, iniciou, neste sábado, uma intervenção para conter a onda de violência do ditador contra os rebeldes. As informações são da rede "Al Jazeera".

A ação dos caças franceses aconteceu poucas horas depois do anúncio oficial do início da intervenção, que conta com a participação de países como Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Qatar e Canadá, que anunciou o envio de sete aviões de combate para a operação.

Segundo o Ministério da Defesa francês, cerca de 20 aviões estavam envolvidos na intervenção anunciada hoje pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, para cumprir a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que autoriza o recurso à força militar contra o regime de Muamar Gaddafi.

A operação começou por volta das 11h (7h de Brasília) com a decolagem de quatro caças Rafale da base francesa de Saint Diziers. Às 15h (11h) se somaram outros aviões de combate Mirage com o objetivo de "atacar alvos militares" caso fosse constatado que as forças de Gaddafi atuavam contra a população civil.

Alain Juppé, ministro francês das Relações Exteriores, disse que as operações militares na Líbia vão continuar durante os próximos dias, até que o governo de Gaddafi cumpra a Resolução da ONU de 1973.

O primeiro-ministro canadense Stephen Harper disse, sem dar muitos detalhes, que "extensas" operações aéreas envolvendo aviões de seu país terão início em breve, assim como um bloqueio naval da Líbia.

“Os parâmetros de nossa missão são claros, abrangentes e não incluem ações terrestres. Estamos convictos de que se Gaddafi perdeu a capacidade de se impor , ele não será capaz de sustentar o poder sobre o país”, disse.

“Os riscos de atacar não são maiores que os riscos de não fazer nada”, disse o premiê britânico David Cameron ao justificar a decisão de intervir com forças militares no país africano. Para Cameron, Gaddafi "mentiu para a comunidade internacional". "Ele prometeu um cessar-fogo e quebrou o próprio acordo", disse o premiê.

O presidente americano, Barack Obama, disse neste sábado durante visita ao Brasil, que os Estados Unidos e seus parceiros de coalizão estão "preparados para agir" na Líbia caso não haja uma interrupção imediata da violência contra civis no país.

"O nosso consenso foi forte e nossa determinação é clara. O povo da Líbia deve ser protegido, e na ausência de um fim imediato da violência contra civis, nossa coligação está preparada para agir, e agir com a urgência”, disse Obama.

Depois de afirmar que o dirigente líbio continua "desafiando o mundo", pois os "ataques contra civis continuam", a chefe da diplomacia americana sustentou que "um maior atraso colocaria mais civis em risco".

Na última quinta-feira, a ONU adotou a resolução 1.973, que instaura uma zona de exclusão aéra na Líbia para proteger os civis de bombardeios e autoriza os Estados membros a tomarem "todas as medidas necessárias" para proteger os civis dos ataques, excluindo a possibilidade de envio de forças de ocupação estrangeiras.

Forças de Gaddafi desrespeitam cessar-fogo e bombardeiam Benghazi

A ação da comunidade internacional em Benghazi acontece no mesmo dia em que as forças fieis a Gaddafi bombardearam, de maneira intensa, a cidade, a segunda maior cidade do país e o principal reduto dos opositores do regime.

Rebeldes abatem avião que bombardeava Benghazi; veja

As forças leais a Gaddafi entraram em alguns bairros da periferia do oeste de Benghazi. Testemunhas citadas pela "Al Jazira" asseguram que, no começo da manhã já eram ouvidas explosões e aviões de combate eram vistos em vários pontos da cidade.

O correspondente da rede catariana também confirmou ter ouvido essas detonações e que um avião pode ter sido derrubado durante o ataque.

A "Al Jazira" assegura que a cidade de Misrata, a terceira maior do país e próxima a Trípoli, também sofreu bombardeios das forças de Gaddafi neste sábado, assim como Ajdabiya, no oeste e muito próxima a Benghazi.

O governo líbio acusou os rebeldes de terem violado o cessar-fogo que decretou de forma unilateral na sexta-feira. Um porta-voz governamental desmentiu as informações sobre os ataques à "Al Jazira", afirmando que o Exército leal a Gaddafi não lançou nenhuma ofensiva sobre Benghazi./uol