Rachel Duarte/SUL-21
A negociação do reajuste salarial para magistério gaúcho segue em modo de espera até a próxima quinta-feira (24), quando ocorrerá a nova audiência entre o governo estadual e a direção do Cpers. Nesta terça-feira (22), uma reunião no Palácio Piratini preparou o governo para uma contraproposta, que será apresentada aos professores. A tendência é que o índice de 8,5%, defendido até agora pelo Executivo, aumente. Nesta quinta-feira (24), às 10h15min ocorrerá uma nova audiência com o sindicato da categoria.
Participaram do encontro desta terça (22), o chefe da Casa Civil, Caros Pestana; o secretário de Educação, José Clóvis; o secretário da Fazenda, Odir Tonollier; a secretária de Administração, Stela Farias, e a Assessoria Superior do Governador. Segundo assessores do Executivo, a reunião se prolongou durante toda a tarde e a tendência é que os professores recebam uma proposta um pouco mais elevada, mas, não muito diferente dos 8,5% já definidos.
A proposta apresentada pelo governo inclui abonos proporcionais aos níveis iniciais para garantir que nenhum professor ganhe menos do que o piso nacional, de R$ 593,98 para 20 horas de trabalho. Mas, é considerada insuficiente pelos professores. “Nós temos a mesma posição e aguardaremos a próxima audiência”, afirmou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Na última audiência, a presidente qualificou “a política de abonos” do governo estadual como uma proposta que não incide sobre o todo da categoria.
O governador Tarso Genro disse, no I Seminário de Proteção e Integração de Refugiados, que tem uma contraproposta, mas que aguarda o Cpers. Em outras oportunidades, ele já explicou que a intenção é conceder um aumento progressivo de modo que os professores possam alcançar o piso nacional.
Diálogo Permanente
O tema do reajuste não é o único de interesse da categoria e não se esgotará em audiências com o governador. A Secretaria de Administração colocou em funcionamento o Comitê de Diálogo Permanente para interlocução com os servidores públicos, atingindo um maior contingente, como nas áreas da Educação, da Saúde e da Segurança. Por meio de encontros mensais com as entidades representativas das categorias, o governo irá receber as demandas e discutir alternativas para benefícios trabalhistas, planos de carreira e outras necessidades dos funcionários públicos.