Presidente do Cpers: "piso salarial chega muito antes do que o governador pensa"
A presidente do Cpers Sindicato, Rejane de Oliveira, e a secretária estadual-adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento, discutiram os direitos e os deveres do magistério gaúcho, três dias depois que a categoria aprovou o reajuste de 10,91% oferecido pelo Piratini, na primeira assembleia-geral do ano, no Ginásio do Gigantinho. Rejane e Eulália participaram do programa Esfera Pública, no início da tarde, na rádio Guaíba.
Rejane negou ter mudado o discurso desde que o governo mudou. A sindicalista reforçou que a entidade mantém relação de respeito com o Executivo, destacando que, em primeiro lugar, promove a negociação e o diálogo, antes de tomar qualquer atitude mais drástica. A sindicalista, que apoiou Tarso Genro durante a campanha, destacou que o acordo de reajuste, firmado já no primeiro trimestre de gestão, foi importante, sobretudo por incluir os funcionários de escola no plano de carreira, além de reconstituir o direito dos aposentados a receber o aumento. O último havia sido concedido em 2003.
Rejane ainda lembrou que a ação movida pela ex-governadora Yeda Crusius, questionando aplicar o valor do piso do Magistério no vencimento básico, e não no salário bruto da categoria, foi derrotada por conta da pujança do sindicato. Ela esclareceu, no entanto, que se houver necessidade de lutar por direitos, o Cpers vai enfrentar o governo. Rejane afirmou também que a categoria não vai aceitar que o governador pague o piso "até o fim do mandado". Segundo ela, o Cpers vai fazer com que o piso "chegue muito antes do que o governador pensa". A sindicalista declarou que o Cpers não deve dar descanso ao governador antes que o direito seja plenamente estabelecido. Com o reajuste, ok vencimento básico do magistério chega a R$ 790. Para que atinja o valor estipulado no piso nacional, a categoria ainda precisa de um reajuste de 51%.
Já a secretária-adjunta observou que o governador Tarso Genro firmou compromisso de pagar o piso de forma gradativa a fim de poder implementar os demais compromissos de campanha. Em entrevista ao Programa Esfera Pública, Eulália Nascimento destacou a boa vontade do Piratini no sentido de recuperar salários e consolidar os direitos adquiridos pelo professor.
Rádio Guaíba