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Banrisul: Justiça aceita denúncias

As 25 pessoas denunciadas pelo Ministério Público responderão processo

A 6 Vara Criminal de Porto Alegre decidiu ontem que as 25 pessoas denunciadas pelo Ministério Público por terem supostamente participado do desvio de pelo menos R$ 5 milhões do setor de marketing do Banrisul irão responder a processo crime. As acusações são de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A 6 Vara Criminal também levantou o segredo de Justiça que envolvia o caso, tornando públicas as informações contidas nas investigações feitas por Ministério Público, Polícia Federal, Ministério Público de Contas e Tribunal de Contas do Estado. Dentre os 25 réus, estão Rubens Bordini, ex-diretor de marketing e ex-vice-presidente do Banrisul e ex-tesoureiro do PSDB e da campanha de Yeda Crusius ao Piratini em 2006, e Rodolfo Rospide Neto, ex-assessor da presidência do Banrisul e ex-tesoureiro do PMDB. Também consta na lista dos 25 que responderão processo Maria Lúcia Salvadori Záchia, irmã do ex-deputado estadual e atual secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre Luiz Fernando Záchia (PMDB). Ela era funcionária de uma agência de publicidade que gerenciava a conta de publicidade do Banrisul.

A denúncia do Ministério Público soma 375 folhas e foi produzida a partir do inquérito da Polícia Federal, que em setembro de 2010 deflagrou a Operação Mercari, que determinou a prisão de quatro pessoas envolvidas com as irregularidades, além da apreensão de computadores. O promotor Tiago Conceição, do setor de combate aos crimes licitatórios do Ministério Público, explicou que a fraude se baseava na manipulação de orçamentos por empresas terceirizadas e quarteirizadas que superfaturavam os serviços.

As licitações fraudadas do Banrisul eram disputadas por empresas que tinham os mesmos proprietários, porém, aquela que perdia o certame costumava ser representada por laranjas. À época em que ocorreram as supostas irregularidades, o Banrisul era presidido por Fernando Lemos, que depois foi indicado pela ex-governadora Yeda Crusius para integrar o Tribunal de Justiça Militar.