Amanda Cieglinski / Agência Brasil
Os cursos a distância oferecidos pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com sede no Rio Grande do Sul, sofrerão uma “drástica redução” no número de vagas em função de irregularidades verificadas na oferta em alguns polos. A instituição já está sob supervisão, segundo o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa. Ontem (1º), uma reportagem veiculada na imprensa mostrou casos de alunos selecionados para receber uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) em cursos a distância da Ulbra que não existiam.
Foram identificados cerca de 100 alunos em Água Branca (AL) que se inscreveram e foram selecionados para receber uma bolsa do ProUni em cursos a distância da instituição. Mas o polo de atendimento onde é feito o acompanhamento presencial dos estudantes, requisito para o funcionamento de um curso a distância, não existe.
O MEC afirma que a Ulbra assinou um termo para abrir o polo na cidade, determinando um número específico de vagas, com reserva de bolsas para o ProUni, e foi surpreendido com a notícia. Segundo Costa, o fato é “gravíssimo” e o MEC está discutindo com a instituição uma forma de realocar esses estudantes para que eles não sejam prejudicados.
Já a Ulbra informou em nota que “nunca manteve polo de educação a distância na cidade de Água Branca” e que as razões para o “equívoco” estão sendo apuradas em parceria com o MEC. A instituição alega que as vagas apareceram no sistema de inscrições do ProUni indevidamente. A Ulbra tem hoje 84 mil alunos matriculados em cursos a distância.
Desde 2009, a Ulbra enfrenta uma crise financeira e administrativa que levou a uma troca de comando da instituição. O MEC acompanha a situação da instituição e firmou, ao longo desse período, termos de saneamento para corrigir as falhas.