A proposta de construção de um caminhódromo nas margens da ERS 330, entre os municípios de Redentora e Tenente Portela, trecho que corta a Reserva Indígena do Guarita, começa a ganhar força entre moradores e motoristas. Com extensão de 12 quilômetros, o trajeto registra frequentes acidentes envolvendo caingangues que caminham sobre a pista para se deslocar entre as aldeias. A rodovia não possui acostamento. Neste ano, dois índios morreram em acidentes.
O cacique da reserva, Valdonês Joaquim, explica que a ERS corta as aldeias Estiva e Irapuá, em Redentora, e Três Soitas, em Tenente Portela. "Nesse trajeto, existe maior movimentação de pessoas e é onde ocorrem os acidentes", diz. De acordo com ele, há um controlador de velocidade na Estiva, mas no restante do trecho faltam sinalização e quebra-molas. Para Joaquim, é preciso instalar alguma estrutura que leve os motoristas a reduzir a velocidade. "Se for construída uma pista de 2,5 metros de largura num dos lados da rodovia, com certeza haverá redução de acidentes e menos pessoas mortas e feridas", afirma.
A reserva tem 5,6 mil índios nas 12 aldeias. O cacique Valdonês Joaquim lembra que foram feitos pedidos ao Daer para melhorar a sinalização e instalar uma rua paralela à ERS.
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