O Cpers-Sindicato lança, na próxima semana, a campanha para implantação imediata do piso nacional para os professores gaúchos. Com o slogan "Tarso, pague o piso ou a educação para", o magistério busca sensibilizar o governo do Estado.
De acordo com a presidente do sindicato Rejane de Oliveira, empossada na tarde desta sexta-feira, a campanha também vai buscar o apoio da comunidade escolar e da sociedade. "O piso é uma lei e por isso deve ser cumprida. Não podemos aceitar como resposta do secretario de educação que o governo pretende esperar pelo acórdão do Supremo para tomar uma posição. Se é uma lei, ela deve ser cumprida", declarou. A sindicalista afirmou que, a partir de setembro, pode ocorrer uma série de mobilizações se não houver flexibilidade do Executivo. A sindicalista apontou para a possibilidade de greve e alertou que o ano letivo pode não terminar em 2011.
A coordenadora das regionais da Secretaria Estadual da Educação, Carmen Pereira, ressaltou o compromisso do governo em pagar o piso, mas de forma parcelada, já que não haveria condições financeiras para atender o volume da demanda. Ela lembrou que o Executivo precisa dar atenção a outros setores da sociedade também. Carmen salientou que respeita as mobilizações, mas ponderou que greve ou paralisações não são a melhor alternativa, uma vez que um cronograma para implementação do piso está prestes a ser elaborado.
O salário básico dos professores estaduais, para uma carga horária de 20 horas, é de R$ 365. O piso nacional, para 40 horas, é R$ 1.179. Balanço da Secretaria Estadual de Educação informou que, em todo o Estado, 20% dos professores aderiram à paralisação, nesta sexta-feira, para participar da assembleia. Já o Cpers, que esperava grande adesão, apresentou uma proporção de 60%. Nessa manhã, algumas escolas amanheceram fechadas, como o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.