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Grito dos Excluídos denuncia obras da Copa e novo Código Florestal

O feriado de 7 de setembro, dia da Independência brasileira, é tradicionalmente marcado pelo Grito dos Excluídos, mobilização para criticar o sistema político, econômico e social do país. Neste ano, o ato irá criticar o impacto de obras que prejudicam o meio ambiente e a flexibilização do novo Código Florestal, em debate no Senado. Os principais atos serão nos 12 Estados que tem cidades escolhidas como sede da Copa do Mundo de 2014.

“Muitas violações estão ocorrendo com a realização destas obras. Vamos para a rua gritar por isso”, argumenta uma das coordenadoras do Grito dos Excluídos, Rosilene Wansetto. “Queremos chamar a atenção para as obras e megaprojetos que comprometem a biodiversidade brasileira, como a instalação de um porto que irá acabar com o encontro das águas em Manaus e uma siderúrgica erguida no Rio de Janeiro, que está afetando inclusiva a saúde dos pescadores com a fuligem que é solta no ar”, explica.

Cada Estado terá um grito mais próximo da realidade local. Não estarão de fora as críticas ao agronegócio e a utilização de agrotóxico nos alimentos. “Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea),  50% da renda total do Brasil está nas mãos dos 10% mais ricos, enquanto os mais pobres dividem entre si 10% da riqueza nacional. No campo, menos de 50 mil grandes proprietários são donos da metade das terras”, critica Rosilene. No Rio Grande do Sul estão previstas ações em Porto Alegre, Canoas, Passo Fundo, Santa Maria e Vacaria.

Movimento contra a corrupção

Um outro protesto nacional está marcado para esta quarta-feira. Organizada pelo movimento nacional Caras Pintadas Contra a Corrupção, a Marcha Contra a Corrupção está programada para ocorrer em pelo menos 14 Estados.

O movimento iniciou com um grupo de brasilienses que lançou no Facebook a ideia de fazer o protesto no Dia da Independência. Na largada, mais de nove mil pessoas confirmaram presença na rede social. As confirmações praticamente dobraram depois que a Câmara arquivou o processo de cassação da deputada Jaqueline Roriz.

Na página do protesto na rede social, os organizadores afirmam que a manifestação não tem apoio de partidos, sindicatos ou empresas. Porém, em reunião nesta segunda-feira (5), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os senadores integrantes do movimento suprapartidário contra a corrupção e impunidade, Pedro Simon (PMDB-RS), Luiz Henrique (PMDB-SC),  Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) decidiram apoiar a Marcha Contra a Corrupção. Eles lideram, no Congresso, um movimento em defesa da “faxina” no governo federal.

Também hipotecaram apoio ao ato a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em Porto Alegre, o protesto está programado para sair às 10 horas da avenida Loureiro da Silva em direção ao Brique da Redenção. Mais de sete mil pessoas haviam confirmado presença no Facebook, o que não significa que todas elas decidam sair de casa.