Dia 20 de setembro é comemorado o Dia do Gaúcho ou a Revolução Farroupilha. As causas desse movimento foram:
* ideias de liberdade política e pelo sistema republicano
* abandono das províncias pelo governo imperial
* impostos abusivos sobre o charque, o couro e a terra
* falta de estradas, pontes e escolas
* dificuldade para registrar pessoas físicas
* pagamento de pedágios
* justiça centralizada na Corte
Eis que em 20 de setembro de 1835 se trava o primeiro combate entre farroupilhas e as tropas imperias sobre a Ponte da Azenha em Porto Alegre, com a vitória farrapa que permitiu a tomada da capital. Tem inicio ai a Revolução Farroupilha.
O movimento se estendeu por cerca de 10 anos, com sangrentos combates. Pela longa duração se constata a garra do povo gaucho, mesmo com o maior numero de soldados e equipamentos das tropas imperiais.
Ante o sucesso da revolta, o império envia Luis Alves de Lima e Silva para apaziguar o Sul. Mesmo com as sucessivas vitoria, um fato ajudou para a paz: o ditador Argentino Rosas (que queria a expansão territorial e interessava-se na prolongação da revolta) mandou emissários propondo aliança com o líder farroupilha, David Canabarro, que respondeu-lhe com uma patriótica declaração:
“Senhor: o primeiro de vossos soldados que transpuser a fronteira, fornecera o sangue com que assinaremos a paz com os imperiais. Acima de nosso amor a Republica esta nosso brio de brasileiros. Quisemos ontem a separação de nossa pátria; hoje, almejamos a sua integridade. Vossos homens, se ousarem invadir nosso país, encontrarão, ombro a ombro, os republicanos de Piratini e os monarquistas do Senhor Dom Pedro II.”
Nada mais foi necessário para o acordo e o armistício ser assinado em 28 de fevereiro de 1845.
Não houve vencidos nem vencedores, mas os farrapos conseguiram o que desejavam.
HINO RIOGRANDENSE
Letra de: Francisco Pinto da Fontoura
Música de: Joaquim José Mendanha
Como a aurora precursora
Do farol da divindade,
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade.
Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo;
Povo que não tem virtude,
Acaba por ser escravo.
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.