Em discurso nesta terça-feira (18) na abertura do fórum dos chefes de Estado e de governo do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), em Pretória, na África do Sul, a presidenta Dilma Rousseff foi enfática ao pedir que os três países defendam o “fim imediato da repressão” na Síria. O governo sírio tem reagido com violência às manifestações populares que pedem, desde março, o fim da ditadura de Bashar Assad.
A fala de Dilma demonstra que o Brasil espera uma posição mais contundente do grupo de países que até agora vinha assumindo uma posição menos agressiva em relação ao governo sírio. O grupo de países, juntamente com o Líbano, abstiveram-se na votação de uma resolução, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que exigia a interrupção dos seis meses de repressão na Síria.
Uma missão do Ibas foi a Damasco em agosto, mas obteve poucas garantias do governo. Na visita, o grupo pediu a Assad que desse prosseguimento ao diálogo nacional e às reformas políticas, com o objetivo de atender às aspirações da população.
No Fórum, a presidenta se manifestou também contra a ação armada da comunidade internacional na Líbia. “Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas e especialmente as realizadas à margem do direito internacional não trazem a paz, nem protegem os direitos humanos”, disse Dilma.
Este ano, França e Grã-Bretanha bombardearam posições do antigo regime de Muamar Khadafi, segundo os países, obedecendo a uma resolução da ONU. O bombardeio foi crucial para derrubar Khadafi.
Dilma viaja na noite desta terça-feira para Moçambique, na segunda parte de seu primeiro tour pelo continente africano.
Com informações da BBC Brasil e da Folha de São Paulo