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Expectativa do presidente do BNDES para este ano é ampliar crédito para pequenas e médias empresas

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, espera por “ampliação significativa” do crédito da instituição para pequenas e médias empresas este ano. A expectativa é que esse segmento seja responsável por cerca de 36% dos desembolsos do banco este ano.

Segundo o BNDES, foi liberado o volume recorde de R$ 36,2 bilhões até setembro deste ano para micro, pequenas e médias empresas, com alta de 8% na comparação com igual período de 2010. O total de desembolsos do banco ficou em R$ 91,8 bilhões no período.

De acordo com Coutinho, uma das ferramentas importantes para as pequenas e médias empresas é o Cartão BNDES, com desembolsos de R$ 5,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano. A expectativa para o ano é chegar a R$ 7,5 bilhões. “Outra preocupação relevante é a distribuição regional dos recursos do BNDES”, disse Coutinho, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Segundo Coutinho, a concentração da liberação de recursos para a Região Sudeste começou a ser revista. De acordo com ele, houve aumento da participação do Norte, Nordeste e Sul do país nos desembolsos de recursos dos bancos.

Apesar da expectativa de aumento da liberação de recursos para as micro, pequenas e médias empresas, Coutinho disse que em 2011 houve redução dos desembolsos totais do banco, comparado com anos anteriores. Isso aconteceu porque o banco atuou com mais força no período da crise financeira internacional, iniciada em 2008, quando houve redução do crédito de bancos estrangeiros. Em 2011, segundo Coutinho, houve a decisão da direção do banco coordenada com área econômica do governo para moderar o ritmo de desembolsos.

De janeiro a setembro, os desembolsos da instituição (R$ 91,8 bilhões) foram 28% menores que o total liberado no mesmo período do ano passado, R$ 128 bilhões.

O presidente do BNDES defendeu ainda o sistema financeiro composto de bancos públicos eficientes e instituições privadas, o que gera capacidade diferenciada para enfrentar crises. “As economias que têm sistema misto de crédito público e privado têm configuração econômica superior em termos de capacidade de enfrentar crise”, disse.