Para suprir as despesas básicas de acordo com o que determina a Constituição, o trabalhador brasileiro deveria receber o salário mínimo de R$ 2.349,26. O número surge a partir da Pesquisa Nacional da Cesta Básica divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira (5). O cálculo leva em conta necessidades como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, e toma como base a cesta básica de valor mais alto verificada no mês de novembro – R$ 279,64, em Porto Alegre (RS).
O salário calculado pelo Dieese é 4,31 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00, e maior do que o valor calculado em outubro, quando o salário mínimo deveria, segundo o órgão, ser de R$ 2.329,94. Há uma pequena melhora, porém, na comparação com o mesmo período de 2010, quando o mínimo necessário era de R$ 2.222,99 ou 4,35 vezes o mínimo vigente à época, de R$ 510,00.
A pesquisa do Dieese revelou também que, das 17 capitais pesquisadas, 15 tiveram aumento no valor gasto com a cesta básica. Para adquirir a cesta em novembro, o consumidor brasileiro que ganha o salário mínimo precisou trabalhar 96 horas e 13 minutos – tempo superior ao verificado em outubro, quando a mesma compra exigia 94 horas e 4 minutos de trabalho. Novamente, a comparação com novembro de 2010 mostra uma melhoria de quadro: na época, comprar a cesta básica exigia 98 horas e 12 minutos.
Com informações da Agência Brasil e Agência Estado
