Líder do movimento diz que anistia administrativa para a tropa grevista foi crucial para a decisão
Em assembleia realizada no Sindicado dos Bancários de Salvador, às 20h30min deste sábado, a liderança do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia decidiu terminar a paralisação iniciada em 31 de janeiro. Cerca de 200 pessoas participavam da reunião.
Segundo uma das lideranças da greve, soldado Ivan Carlos Leite, o grupo conseguiu, ao negociar com o comandante-geral da PM, Alfredo Castro, a anistia administrativa para toda a tropa grevista. "Isso foi crucial para o fim do movimento", afirmou.
Apesar disso, à rádio Estadão/ESPN, o sargento Jackson Carvalho disse que os policiais encerraram a paralisação sem estar "plenamente satisfeitos" com o resultado.
Leite diz que a pauta dos PMs está mantida. "Estamos voltando para defender a sociedade da Bahia. Optamos pela negociação sem greve", disse.
Durante o período de greve, as ruas de Salvador e do interior da Bahia viveram momentos de pânico: saques, ruas fechadas e um aumento vertiginoso no número de assassinatos. O movimento grevista perdeu força com a revelação de que líderes incentivavam atos de vandalismo para pressionar o governo.