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Tempo

Outono começa com chuva, mas deverá ser mais seco do que a média

O outono, que começou na madrugada desta terça-feira (20), é uma estação de transição que agrega características tanto do verão –quente e chuvoso– quanto do inverno –frio e seco. Especialistas informam que, apesar de começar com chuva, a estação nesse ano será mais seca do que a média.

O fenômeno La Niña, observado desde o segundo semestre de 2011, já enfraqueceu, mas ainda deve influenciar o início do outono. “A estação chuvosa não deve se prolongar. Entretanto, podem ocorrer chuvas típicas de verão de maneira isolada”, observa Michael Pantera, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura de São Paulo.  

Outra característica do outono que deve ser registrada nos próximos meses é a queda sensível dos índices de umidade relativa do ar, que favorece a incidência de problemas respiratórios.

No Brasil

Segundo Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar, “o Atlântico ainda está aquecido, mas ficará mais frio no outono, o que permitirá a entrada de massas polares. As ondas de frio serão um pouco mais intensas nesse ano. Teremos noites frias e dias com temperaturas mais amenas”.

A tendência é que o tempo mude gradativamente. Com as noites mais longas, aumenta o frio nas madrugadas e, na região central do país –SP, MG, RJ, GO, MT, MS, TO e BA–, o clima fica mais seco e a variação da temperatura aumenta entre a manhã e a tarde.

O mês de março terá chuvas expressivas na próxima semana e uma sequência de dias chuvosos que vão deixar o tempo mais frio, principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, segundo informações de Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

“No entanto, a tendência é que o tempo fique ligeiramente mais seco do que a média. No Sul, onde faltou chuva no verão, deve chover acima da média, com a passagem de frentes frias”, diz Schneider.

São Paulo

A nova estação deve começar com chuva na cidade de São Paulo.

“A partir de quarta-feira (21), deve chover quase todos os dias na capital e o tempo continuará chuvoso até o fim de março. Mas com exceção desta semana, o outono deve ser um pouco mais seco do que o normal”, afirmou o meteorologista do Inmet.

Reveja imagens do verão pelo Brasil

 
 
 
 
Foto 113 de 205 – 14.fev.2012 – Mulher aproveita o calor em praia do Rio de Janeiro. A temperatura chegou a 36ºC em algumas regiões da cidade Antonio Lacerda/EFE

Balanço do verão

Este verão foi a estação dos extremos na cidade de São Paulo, segundo Adilson Nazário, meteorologista do CGE. “Janeiro teve mínima de 14,5ºC, o que não acontecia desde 1985, e a mesma situação com a máxima, de 30,9ºC”, explica.

Enquanto o mês de janeiro foi frio e chuvoso, fevereiro foi quente e seco. Já março teve períodos secos e chuvosos, com maior oscilação de temperatura. Contudo, choveu menos em São Paulo em relação aos anos anteriores.

No Brasil, o verão 2012 foi marcado pela estiagem no sul do país e pelos temporais que causaram destruição em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, no começou do ano.

Inmet prevê chuva para a Região Sul com chegada do outono

Da Agência Brasil

Brasília – A estação que se iniciou na madrugada desta terça-feira (20) traz expectativa de chuva para a Região Sul do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A seca prolongada provocou perdas e prejuízos na lavoura e nas pastagens gaúchas, e o outono promete um clima de temperaturas mais amenas até 21 de junho.

A previsão é que as chuvas comecem na quinta-feira (22) e fiquem dentro da média para o período. Por enquanto, a parte oeste do Rio Grande do Sul continua com temperaturas elevadas, passando dos 30 graus Celsius (ºC), apesar das chuvas em alguns municípios.

De acordo com o diretor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Rio Grande do Sul, Gervásio Paulus, a estiagem do verão afetou a lavoura, principalmente a produção de grãos. “Em março, constatamos uma perda de 39,7% de soja no estado. No município de Santa Rosa, cidade mais afetada pela seca, a perda chegou a 64% da produção”, destacou.

Para Gervásio, a perda na safra de verão é irreversível, mas a Emater espera que a normalização das chuvas recomponha as pastagens e permita plantações. “As chuvas dos últimos dias foi desuniforme. Nossa expectativa é que atinjam as áreas mais afetadas pela seca”, disse. Segundo ele, há municípios que precisaram fazer racionamento de água por causa da baixa precipitação.

O estado disponibilizou R$ 51,9 mil para despesas em socorro e ajuda humanista para 80% dos municípios. Além disso, o governo federal fez mobilização para arrecadar cestas básicas, filtros de água e caixas d’água para assentamentos indígenas e quilombolas.

Edição: Talita Cavalcante