Procuradores também avaliam a possibilidade de denunciar a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo por corrupção e formação de quadrilha
247 – O Ministério Público pretende ir além das ações da PF no enquadramento da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, por envolvimento no esquema de venda de pareceres técnicos para empresas privadas. Rose pode ter a prisão preventiva decretada a qualquer momento.
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Tapa-buracos
O Ministério Público Federal deve denunciar a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha por corrupção e também por formação de quadrilha, crime pelo qual a ex-assessora não foi indiciada pela Polícia Federal. Procuradores também avaliam a possibilidade de pedir a prisão preventiva de Rose, nomeada para o cargo pelo ex-presidente Lula, algo que a PF também não fez quando deflagrou a Operação Porto Seguro.
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Delação premiada Solta logo após ter a prisão decretada na Operação Porto Seguro, a advogada Patrícia Maciel prestou longo depoimento em que forneceu detalhes sobre como atuava o grupo que favorecia empresas em órgãos do governo e agências reguladoras.
Escaninho
A PF concluiu nesta semana 11 novos relatórios que descrevem em detalhes a atuação do grupo investigado na Porto Seguro e as conversas e correspondências interceptadas. Rose é a única a merecer dois volumes da nova papelada.
Aberto
O segredo judicial da operação foi revogado ontem. Permanecem protegidos apenas os documentos referentes a sigilos bancário, telefônico e eletrônico.
Dedos
Antes de deflagrar a operação, sexta-feira passada, a PF hesitou em proceder busca e apreensão no escritório paulistano da Presidência. Só fez a diligência depois que funcionário do GSI foi designado para acompanhá-la.
Sobe
A Justiça Federal encaminhará hoje ofícios ao STF e ao STJ solicitando mais investigações sobre pelo menos quatro autoridades com prerrogativa de foro naqueles tribunais. Os pedidos estavam retidos para não prejudicar o inicio da operação.
Reincidente
José Weber Holanda é alvo de inquérito da Procuradoria da República no DF, aberto em 2010, sobre favorecimento a uma empresa de transportes de valores, em dívida com o INSS.
Alvo definido
O único mandado de busca feito no BB teve o objetivo de coletar documentos sobre a nomeação de José Cláudio de Noronha, ex-marido de Rose, para conselhos de administração de subsidiárias do banco.