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No dia da posse, manifestação popular ocorrerá em apoio a Chávez

No dia da posse, manifestação popular ocorrerá em apoio a Chávez

 
 

Apoiadores do presidente da Venezuela de Hugo Chávez convocam uma mobilização para o dia 10. O mandatário pode não comparecer à cerimônia devido à recuperação de uma cirurgia contra um câncer
 

 Nesta quinta-feira, dia 10 de janeiro, quando está marcada a posse presidencial na Venezuela uma manifestação popular em apoio ao presidente reeleito Hugo Chávez substituirá a cerimônia oficial. Isso é o que pretende o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Chávez está em Cuba se recuperando de uma cirurgia contra um câncer e o mais provável é que não compareça à posse.

A convocação para o ato em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, foi feita pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, nesta segunda-feira (7). Ele anunciou que o próximo dia 10 será "um dia dedicado ao povo da Venezuela e para o reconhecimento e respeito da Constituição”.

Cabello criticou setores da oposição que pedem que, em caso de ausência de Chávez, o presidente da Assembleia Nacional receba a presidência e convoque uma nova eleição no prazo de um mês.

A Constituição da Venezuela estabelece que o presidente deve tomar posse no dia 10 de janeiro na Assembleia Nacional. Diante de uma situação excepcional, a posse pode ser em outra data, ante o Tribunal Superior de Justiça (TSJ).

O estado de saúde do presidente Chávez é delicado. Esta é a quarta cirurgia para o tratamento de um câncer na região pélvica desde a retirada de um tumor em junho de 2011.

De São Paulo, da Radioagência NP, com informações do Opera Mundi, Vivian Fernandes

 

 

Tribunal deve determinar prazo, diz ex-ministro venezuelano

FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A CARACAS /folha

O ex-ministro do Interior e das Comunicações da Venezuela Jesse Chacón defende que o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) determine um prazo "racional" dentro do qual se deve definir se Hugo Chávez pode retornar à Presidência do país ou não.

Chacón reforça a tese de "continuidade administrativa", segundo a qual Nicolás Maduro –nomeado como vice-presidente momentos depois que Chávez foi diplomado como vencedor das eleições presidenciais de outubro– segue tendo legitimidade depois de amanhã, mesmo sem a nova posse do esquerdista.

Dono de um instituto de pesquisas ligado ao governo, o ex-ministro atua como um misto de assessor de imagem eventual de governistas e difusor de ideias do chavismo.

Como argumento, Chacón diz que em 2007, pouco antes de tomar posse do mandato 2007-2013, Chávez nomeou o gabinete sem tê-lo ratificado posteriormente. "Ninguém questionou isso na época."

Para o ministro, o mais importante é "a vontade popular". "O povo foi às urnas sabendo que Chávez fizera operações para tratar um câncer", argumenta Chacón, cujas pesquisas apontavam, durante a campanha, que a maioria da população acreditava que Chávez estava curado, como o presidente dizia.

Questionado se a população foi devidamente informada sobre a situação de Chávez, respondeu: "Como todos sabemos: um câncer é um câncer e pode voltar a se manifestar. É um fato inesperado depois das eleições. Poderia voltar agora ou em 20 anos".

Pela atual modalidade aplicada pelo chavismo –adiamento, sem nova data, da posse– não há nenhum prazo sendo contabilizado para a recuperação do presidente.

Para Chacón, os chavistas escolheram esse caminho porque o povo "não entenderia" se os governistas não fizessem tudo ao alcance para dar "chance" à recuperação de Chávez.

"Isso não é sentimentalismo barato. Ele arriscou a vida no poder. O povo chavista não aceitaria uma solução que acelerasse a saída de Chávez do poder", declarou.

  Editoria de Arte/Folhapress