247 – O eventual retorno de Lula à administração federal no terceiro ano de mandato de Dilma, tão criticado por blogueiros e pela mídia tradicional do país, começa a ser tratado publicamente como oficial pelo partido. O ex-ministro Paulo Vannuchi, diretor do Instituto Lula, disse ontem que o ex-presidente deverá assumir a partir de fevereiro o papel de articulador da base de apoio do governo Dilma Rousseff.
"Lula vai jogar toda sua energia para a manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as forças", afirmou Vannuchi.
O alvo principal é o PSB do governador Eduardo Campos (PE). Cotado para o Palácio do Planalto, o partido da base governista é visto como uma ameaça em 2014.
Depois de ocupar a cadeira principal da prefeitura de São Paulo em encontro com Fernando Haddad, Lula também deve se encontrar com Dilma para discutir propostas contra os impasses na economia.
A intervenção, chamada de "inaceitável" pela Veja e de "inversão de papéis" pelo Estadão, é defendida por boa parte dos ministros que criticam o excesso de centralização da presidente, segundo a colunista Eliane Cantanhêde.
