Partido do vice-presidente Michel Temer vai usar horário partidário, dia 28, para reforçar dupla com Dilma e se engajar em promessas sociais; ex-presidente Lula queria vaga para Eduardo Campos (PSB) em troca de apoio ao governo de São Paulo em 2014
15 de Fevereiro de 2013 às 05:33
247 – O PMDB vai assumir publicamente uma postura mais direta contra os planos de Lula de tirar o partido da vaga de vice de Dilma em 2014. Leia na coluna de Vera Magalhães, do Painel, da Folha:
No ar, Dilma & Temer
O PMDB vai usar seu programa de TV no horário partidário, dia 28, para exaltar feitos do governo "Dilma e Temer" e reafirmar o "compromisso" com a presidente. Sob artilharia de Lula e do PSB, o partido quer mostrar força: ressaltará o fato de ter a Vice-Presidência e comandar Câmara e Senado -com direito a falas de Renan Calheiros e Henrique Alves. Por fim, ensaiará discurso social: Temer dirá que Dilma e ele cumprirão promessa de erradicar a miséria nos próximos dois anos.
Fechando…
Em conversas recentes com ministros, Dilma Rousseff se disse disposta a abafar planos de aliados que ensaiam migrar para outros projetos políticos. Nas palavras de um interlocutor, a presidente quer "cortar a asa” do PSB, que integra a base, mas ameaça lançar Eduardo Campos em 2014.
…o cerco
O Planalto monitora conversas de PDT e PR com Campos e Aécio Neves (PSDB), outro potencial adversário de Dilma. Auxiliares defendem acomodação dessas siglas na reforma ministerial para evitar a debandada.
Vacina Aliados do governador de Pernambuco apontam que, ao tomar a iniciativa de tornar públicas irregularidades em sua pasta e as medidas que adotou para contê-las, Fernando Bezerra (Integração) está se antecipando a uma esperada devassa nos ministérios da cota socialista, tramada por governistas.
RSVP
A propósito, Eduardo Campos recebeu convite para o evento que lançará o novo partido de Marina Silva, também presidenciável, amanhã em Brasília.
Carga pesada
Porta-voz dos dissidentes pedetistas e crítico à medida provisória dos Portos, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) afirma que o projeto só beneficia os "amigos do governo". "Como só pode disputar quem tem terreno, ganham pessoas como Gilberto Miranda e Eike Batista", fustiga.