Depois de dizer ao jornalista Juca Kfouri que é impossível governar São Paulo, como ele fez entre 1982 1983, "sem enriquecer", atual presidente da CBF é flagrado pelo mesmo jornalista em mais uma; para não pagar conta de luz, José Maria Marin mandou fazer um ‘gato’ nas instalações de um vizinho no edifício de luxo que mora em São Paulo, transferindo-lhe uma milionária conta de luz; em seus tempos de deputado da Arena, o sucessor de Ricardo Teixeira apontou o dedo para Vladimir Herzog, que morreu sob tortura no Doi-Codi; nada muda?
18 de Fevereiro de 2013 às 15:48
247 – Deve a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), entidade privada, usar os símbolos nacionais e agir praticamente em nome do Estado brasileiro em torno da seleção nacional de futebol?
Esse questionamento, que corre solto na internet em diferentes páginas de debate, acaba de ganhar um forte pitada de pimenta. O jornalista Juca Kfouri, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira 18, faz uma nova revelação sobre o presidente da entidade, José Maria Marin, sucessor de Ricardo Teixeira que manda e desmanda no futebol brasileiro.
Em 1985, numa viagem de avião feita lado a lado, Marin, que entre 1982 1983 sudeceu Paulo Maluf como governador de São Paulo indicado pelo regime militar, disse a Juca que era impossível alguém governar o Estado, mesmo por pouco tempo, como ele fizera, sem enriquecer.
Agora, Juca descobriu mais uma do dirigente que gosta de se mostrar patriota e comprometido com o sucesso da equipe nacional.
Apesar de milionário, Marin não se furtou a fazer um "gato" nas instalações elétricas de seu vizinho num edifício residencial de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, como forma de ele próprio não pagar suas contas e, ademais, transferir a conta para o morador ao seu lado.
Na década de 1970, quando era deputado estadual pela Arena, José Maria Maria, lembra Kfouri em sua coluna, foi um dos deputados a denunciar a chamada "infiltração comunista" na TV Cultura, de propriedade do governo paulista. Ele apontou o dedo para o jornalista Vladimir Herzog, que foi preso e torturado até a morte, em 1975, no Doi-Codi, também em São Paulo.
A permanecer no cargo, Marin será o homem que vai abrir a Copa das Confederações, a ser jogada em julho no Brasil, e também a Copa do Mundo de 2014. Nada muda?