Apontados pelos especialistas ouvidos por Zero Hora como os jogadores que podem fazer a diferença nas semifinais do primeiro turno do Gauchão 2013, o goleiro Fabiano, do Esportivo, o meia Marcos Paraná, do São Luiz e o atacante Zambi, do Caxias, falam sobre as decisões do final de semana. Apesar de serem de funções diferentes, possuem uma semelhança: nenhum deles nasceu abaixo do Mampituba, mas todos estão acostumados às batalhas do interior.

Fabiano
Aos 35 anos, o experiente goleiro do Esportivo fez a diferença da partida válida pelas quartas de final contra o Lajeadense. Além de fechar o gol no tempo normal, o camisa 1 ainda pegou duas cobranças na disputa por pênaltis. Chegou em 2011 ao clube da Serra e é natural de Santa Catarina.

Zero Hora: Como está sendo feita a preparação para a semifinal?
Fabiano: Estamos trabalhando bastante, o adversário é muito qualificado. Sabemos que o favoritismo é do Inter, mas temos que encontrar uma forma de parar o ataque deles. Temos que estar muito concentrados e ouvir o que o professor (Luís Carlos) Winck vai preparar. Não sei se teremos algum esquema especial, mas o importante é ficar focado no jogo durante todo o tempo. Podemos surpreender muita gente, como já fizemos antes.

Zero Hora: Qual dos jogadores colorados preocupa mais: D’Alessandro, Forlán ou Damião?
Fabiano: O grupo do Inter todo preocupa. Para estar em um time grande assim, certamente o jogador é diferenciado. Mas, realmente, esses três são jogadores de seleção, cada um de seu país, e podem fazer a diferença. Nós temos que marcar desde o início, lá no ataque até chegar em mim. O time, vendo a doação dos colegas, cresce.

Zero Hora: Existe alguma motivação especial para enfrentar o Inter?
Fabiano: Só de jogar uma semifinal, mata-mata, já tem a motivação natural. Claro que enfrentar um time como o Inter exige atenção especial. Mas temos que estar concentrados, é o que eu digo. Ligado todo o tempo. Já joguei várias vezes contra o Inter, inclusive na Série A do Brasileirão (pelo Criciúma, em 2003) e sei que é importante não se desligar.

Marcos Paraná
Ano passado, atuando pelo Brasil-Pel, Marcos Paraná (que leva seu estado natal no apelido), 26 anos, se destacou nos clássicos Bra-Pel, marcando dois golaços de fora da área em dois jogos. Desde o início da temporada no São Luiz, o camisa 10 pode decidir uma partida com suas cobranças de falta, escanteio e conclusões de fora da área.

Zero Hora: Como está sendo feita a preparação para a semifinal?
Marcos Paraná: Estamos nos preparando bem. Fizemos uma boa campanha até agora, conseguimos bons resultados, mas isso tudo tem que entrar em campo agora. Vai ser um jogo muito difícil. Na primeira fase, eles vieram aqui e conseguiram o empate.

Zero Hora: O que mudou na equipe a partir da chegada do técnico Paulo Porto?
Marcos Paraná: Olha, antes de tudo, gosto sempre de dizer que o Tonho Gil (técnico demitido após duas rodadas) também é um excelente profissional. Ele fez um belo trabalho, mas, infelizmente, os resultados não vieram. Já conhecia o Paulo, é uma pessoa séria que sabe cobrar. Ele gosta de conversar individualmente com os jogadores, criar uma amizade. Assim o atleta vai ganhando confiança.

Zero Hora: De que forma pensas que podes decidir o jogo?
Marcos Paraná: Estava falando sobre isso com minha esposa ontem. Agora é a hora de se destacar, de fazer a diferença. Não só individualmente ou marcando gols. A bola parada nossa é boa e tenho que estar bem para poder continuar cobrando. Mas também, além disso, tem o lado de segurar o jogo, dar o ritmo. Um meia tem que ser o responsável por armar o jogo. Espero repetir algumas boas atuações que tive na primeira fase.

ZambiCom chegada festejada pela torcida no início do ano, o carioca Zambi, 25 anos, é um legítimo segundo atacante. Dono de alta velocidade, técnica e dribles, é o pesadelo das defesas adversárias do Caxias neste Gauchão.

Zero Hora: Como está sendo feita a preparação para a semifinal?
Zambi: A preparação tem sido muito boa. O time está ganhando confiança, estudamos os adversários, vamos antecipar a concentração, viajar hoje (quinta-feira) para chegar bem, concentrado para fazer um bom jogo.

Zero Hora: Qual é a dificuldade de enfrentar o São Luiz fora de casa?
Zambi: Jogar lá é muito difícil. Na primeira fase, o jogo foi uma guerra e não esperamos nada diferente para esse jogo. Eles tem boas jogadas de bola parada, fizeram seis gols assim já. Temos que ter muita atenção.

Zero Hora: Individualmente, como podes ser o destaque da semifinal?
Zambi: Acho que pela minha velocidade e pelos dribles. Também tenho as bolas paradas, que treino bastante. Somos forte também nas jogadas de bola parada. zh/