Time do Interior teve dois jogadores expulsos no segundo tempo.
Um Centenário praticamente lotado viu o Inter envolver o Veranópolis e mostrar que se o Gauchão é considerado um teste para enfileirar Copa do Brasil e Brasileirão, o time de Dunga está no caminho de terminar o ano com um A. Desde o início, o Inter trocava bons passes de um lado a outro do campo, adiantava seus zagueiros e volantes para próximo da intermediária e, com isso, empurrava o time de Julinho Camargo para o campo adversário. Mesmo com as duas linhas de quatro propostas pelo Veranópolis para conter os avanços de D’Alessandro, Fred e Forlán, a diferença técnica das duas equipes seria determinante em uma série de oportunidades. Pela direita, Gabriel tinha facilidade para ir à linha de fundo. Fabrício aparecia bem pela esquerda. A dinâmica de jogo cobrada à exaustão por Dunga aparecia. Sem erros.
E quando um time com a qualidade do Inter não erra, o adversário tem a vida complicada. João Ricardo, o camisa 1 do Veranópolis, consagrava-se. Aos 16 minutos, espalmou ótima falta cobrada por D’Alessandro. Dois minutos depois, impediu o gol de Forlán. Afastava cruzamentos com socos. Organizava a defesa aos berros. Pedia atenção ao time. Era o melhor em campo. Mas pelo lado do Veranópolis. Pelo Inter, o conjunto fazia a diferença. E, com isso, as individualidades apareciam. D’Alessandro, inspirado. Forlán, movediço e veloz pela esquerda. Damião, ainda que não tenha sido decisivo, deixava a área e compunha os tabelamentos em frente da área – a evolução do camisa 9 do Inter, com Dunga, é evidente. Não é mais (apenas) aquele centroavante mortal, goleador dos dois últimos Estaduais, artilheiro do Brasil em 2011. Artilheiro da Olimpíada de Londres de 2012. O Damião de Dunga sabe jogar fora da área.
O gol do Inter surgiu de aos 25 minutos. Willians pedalou, tirou o marcador da jogada e, na entrada da área, de perna esquerda, colocou no canto direito de João Ricardo. E o gol melhorou o jogo. O Veranópolis teve de sair para o jogo. Não podia apenas esperar o Inter e apostar nos contra-golpes.
Se no primeiro tempo a partida mais parecia um treino de ataque contra a defesa, a etapa final ganhou movimentação e emoção. Com o Veranópolis proporcionando espaços, Ednei dava espaços, pela esquerda do ataque. E o Inter explorou o setor uma vez com Forlán, uma vez com Fred, outra vez com Damião. Mas o suficiente 1 a 0 deu ao Inter a vaga na final da Farroupilha. Sem o Grêmio para fazer frente na finalíssima, a tarefa de continuar o campeonato fica com o Juventude. Ao que tudo indica, faltam 90 minutos.