Na primeira partida sem Muricy Ramalho como técnico, o Santos seguiu sem vencer no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, a equipe somou seu segundo ponto em três rodadas ao conseguir um empate por 1 a 1 com o Grêmio, na Vila Belmiro, e segue em momento delicado, especialmente após a saída de Neymar e a demissão de Muricy Ramalho, na sexta-feira. Ao longo do duelo, a torcida soltou inúmeras vaias e críticas à equipe.
Este foi o segundo empate do Santos no Brasileiro – ficou no 0 a 0 com o Flamengo, na estreia, e soma também uma derrota para o Botafogo. Com dois pontos, a equipe figura na zona intermediária da competição. Já o Grêmio, que disputou sua segunda partida somente, soma quatro pontos (o duelo contra o Atlético-MG, pelo meio da rodada, foi adiado pela participação do time mineiro na Libertadores).
Na próxima rodada, o Grêmio recebe o Vitória em Porto Alegre, na quarta-feira, às 21h. O Santos tentará a reabilitação na competição no mesmo dia, às 19h30, visita o Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse.
Claudinei Oliveira, técnico do Santos, comandou somente um treino antes de enfrentar o Grêmio. Mas foi tempo suficiente para ele promover mudanças. A começar até pelo banco de reservas, deixando os argentinos Patito Rodriguez e Miralles fora da partida. Com a pressão da diretoria por uma reformulação, lançou o jovem Neilton, de 19 anos, no ataque.
As alterações promovidas não surtiram efeito inicialmente. Pelo contrário. Logo nos primeiros minutos, o Grêmio soube tirar proveito dos vacilos do setor defensivo dos donos da casa, que dava espaços para o experiente Zé Roberto jogar pelo meio. Um lance foi o suficiente para ele deixar Vargas sozinho na frente de Rafael. O atacante chileno teve calma e tocou no canto esquerdo do goleiro, fazendo 1 a 0 para os gaúchos.
Em vantagem, o Grêmio recuou e começou a dar espaços para o Santos jogar. Com Willian José no comando de ataque e Neilton pela direita, a ex-equipe de Neymar melhorou em campo ao apostar também em jogadas pelas laterais. Com Montillo apagado nos primeiros 45 minutos, as jogadas mais perigosas surgiram dos pés de Galhardo e da cabeça de Edu Dracena. Nada, porém, que assustasse o goleiro Dida.
Já o Grêmio, em vantagem, perdeu o domínio do meio de campo e passou a apostar mais nos contra-ataques puxados com velocidade por Eduardo Vargas e organizados por Zé Roberto e pelo ex-santista Elano. Barcos, homem de área da equipe, levou pouco perigo aos donos da casa.
O Santos insistia em uma jogada típica dos times de Muricy Ramalho: os cruzamentos na área – foram nove no primeiro tempo. Na etapa complementar, logo no primeiro minuto, Cícero cobrou falta e Dida saiu pelo alto para agarrar com segurança. No intervalo, Claudinei Oliveira mudou o posicionamento da equipe e colocou o time no 4-2-3-1, com Neilton pela esquerda, Montillo pela direita e Cícero pelo meio, com William José como centroavante.
O time paulista avançou ainda a linha defensiva e passou a pressionar a saída de bola. Assim como no primeiro tempo, o Grêmio ficou no 4-4-2 e repetiu também a tática de jogo: apostar nos contra-ataques. Em um deles, Barcos ficou perto de ampliar o marcador. Ele recebeu na grande área, driblou Edu Dracena, mas pecou na finalização, mandando a bola muito por cima do gol de Rafael.
Ao longo do segundo tempo, com as poucas chances criadas pelo Santos, a torcida perdeu a paciência. Ensaiou gritos e pedidos por reforços e vaiou o argentino Montillo, que deixou o gramado para a entrada de Felipe Anderson. Coincidentemente, após a saída do meia a equipe chegou ao empate. Em um bate-rebate na área, a bola bateu na mão de Souza e o árbitro assinou pênalti. Willian José tratou de chamar a responsabilidade e, contra sua ex-equipe, fazer o primeiro gol com a nova camisa.
Depois do empate santista, o Grêmio se soltou mais na partida e passou a controlar as ações na reta final do duelo. Vargas, de novo, assustou o goleiro Rafael ao driblar dois jogadores de uma vez e chutar na rede pelo lado de fora. Pouco depois, Kleber, que entrou no lugar de Barcos, aproveitou cruzamento de Elano e cabeceou firme, mas Rafael fez defesa segura.
Já o Santos preferiu manter a posse de bola e garantir o empate a forçar o jogo e tentar o segundo gol. Assim, o duelo terminou mesmo 1 a 1.
| Santos | ![]() |
1 | x | 1 | ![]() |
Grêmio |
| Técnico: Claudinei Oliveira | Técnico: Vanderlei Luxemburgo |
| 1. Rafael | |
| 4. Galhardo | |
| 15. Alan Santos | |
| 2. Edu Dracena | |
| 6. Durval | |
| 3. Léo |
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| 7. Renê Júnior | |
| 18. Gabriel | |
| 5. Arouca |
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| 8. Cícero | |
| 10. Montillo | |
| 17. Felipe Anderson | |
| 11. Neilton | |
| 9. Willian José |
| 1. Dida | |
| 2. Pará |
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| 15. Bressan | |
| 4. Werley |
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| 13. Alex Telles | |
| 29. Adriano | |
| 36. Ramiro | |
| 5. Souza |
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| 16. Guilherme Biteco | |
| 7. Elano | |
| 10. Zé Roberto | |
| 8. Eduardo Vargas |
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| 9. Hernán Barcos | |
| 30. Kleber |







