Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho diz que a presidente Dilma Rousseff agradeceu ao papa Franciso pessoalmente a escolha do Brasil para sediar a Jornada Mundial da Juventude e o tipo de pregação feito pelo humilde pontífice nesta semana; "Nós estávamos num clima de baixo astral com os protestos, que é bom e necessário. Mas a jornada completa as manifestações no sentido do valor de fraternidade e construção da solidariedade", analisou Carvalho
28 de Julho de 2013 às 17:29
247 – Apesar dos contratempos da organização da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse que a avaliação do governo é de que "o País ganhou um presente" com a vinda do papa. "A avaliação é que o evento ficou muito acima do esperado. Houve problemas de infraestrutura, de logística, a cidade passa por um estresse. Mas foi o maior evento do Rio e a cidade passa no teste. A orla estava linda hoje à tarde", disse o ministro.
Segundo Carvalho, a presidente Dilma Rousseff agradeceu ao papa Franciso pessoalmente a escolha do Brasil e o tipo de pregação feito pelo pontífice. Dilma também elogiou o pronunciamento no Teatro Municipal do Rio, em que Francisco mencionou a política como um serviço.
"O papa deu uma enorme lição a nós, políticos, e também à Igreja", disse Carvalho, em referência ao estilo humilde do pontífice. "Quando ele vai ao encontro do povo e diz que o pastor tem que estar com cheiro de ovelha, ele mostra que é importante descermos do pedestal e estarmos próximos do povo", comentou o ministro, para quem o discurso do papa sobre a corrupção "vai na linha da reforma política que precisamos fazer no País".
Reforma
Carvalho fez questão de destacar que "não é a reforma da Dilma ou de quem for". "É a reforma da política que o País precisa, provocando e abrindo a participação popular para o diálogo", completou. Para ele, o papa deu uma "injeção de alto astral" no Brasil. "Nós estávamos num clima de baixo astral com os protestos, que é bom e necessário", disse, complementando: "Mas a jornada completa as manifestações no sentido do valor de fraternidade e construção da solidariedade".
Ao comentar as falhas na realização da jornada, Carvalho disse que a lição para os próximos eventos é "planejar, planejar e planejar." "A gente tem que aprender com cada evento. Copa e Olimpíada não terão esse público em uma cidade única. Problemas não tiram o brilho e o sucesso da Jornada", defendeu.