O Rio Grande do Sul tem dez cidades entre as cem primeiras do país com os melhores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do País; Os dados constam no "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
29 de Julho de 2013 às 17:37
RS247 – O Rio Grande do Sul tem dez cidades entre as cem primeiras do país com os melhores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Segundo a uma pesquisa "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgada nesta segunda-feira (29), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a capital do Estado, Porto Alegre, é o município sul rio-grandense mais bem posicionado, figurando na 28ª colocação, com um IDHM de 0.805 (quanto mais próximo de um, melhor o IDHM).
No 53º lugar está a cidade de Carlos Barbosa, cujo IDHM é de 0.796. Na 62ª posição estão as cidades de Três Arroios e Ipiranga do Sul, ambas com um íncide de 0.791. Em 71º lugar está o município de Lagoa dos Três Cantos (0.789), seguido de Garibaldi (87º/0.786). Depois vem Nova Araçá e Casca, na mesma posição (92º/ 0.785), enquanto que Ivoti e Santa Maria figuram em 100º, com um IDHM de 0.784. Segundo o Correio do Povo, a cidade gaúcha que amarga o pior lugar no ranking é Dom Feliciano, em 4467 º/0.587.
A pesquisa apontou que São Caetano do Sul, em São Paulo, é a primeira colocada no ranking, com um índice de 0.862, ao passo que Melgaço, no Pará é a última colocada (0.418). Curiosamente, outros seis municípios de Santa Catarina apresentam melhores IDHMs do que Porto Alegre. Entre as capitais, Florianópolis (SC) é a mais vem colocada, seguida de Vitória (ES), Brasília (DF), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), todas à frente de Porto Alegre.
O IDHM é medida pelas variáveis "educação", "longevidade" e "renda". Entre 1991 e 2010, o índice nacional passou de 0.493 para 0.727, um crescimento de 47,5%. Conforme o levantamento, a educação é o principal entrave do país, pois teve uma pontuação de 0.637. Já os subíndices renda e longevidade cravaram um índice de 0.739 e 0.816, respectivamente.
Mesmo tendo a pior pontuação, a educação foi a área com mais avançou entre as variáveis. O índice na área chegava a 0.279 em 1991, o que representou um crescimento de 128%. "Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área", disse Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. "A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", declarou, segundo a Agência Estado.
A longevidade foi o único componente que obteve a classificação "Muito Alto", quando fica acima de 0.800. O índice é o mais bem avaliado desde 1991, ano em que tinha 0.727 de IDHM. Já a renda mensal per capta cresceu 14,2%, um acréscimo de R$ 346,31 em 20 anos. Segundo a pesquisa, 73% das cidades tiveram um crescimento acima da média nacional, mas, por outro lado, 11% dos municípios têm um IDHM Renda mais alto do que o do Brasil, o que mostra a significativa concentração de renda no país.
Entre os municípios da região Celeiro, Três Passos lidera
O município de Três Passos, além de capital da região, também apresenta o melhor índice na pesquisa divulgada. A cidade ocupa a posição 249 no ranking nacional, com um índice de 0.768.
Atrás de Três Passos, ocupando os primeiros cinco lugares, estão Vista Gaúcha (420º), Santo Augusto (795º), Humaitá (823º) e Barra do Guarita (920º).
A taxa revela o nível de desenvolvimento humano de determinada região. O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. A pesquisa considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação.
Dez cidades gaúchas com melhor IDH:
28º – Porto Alegre (IDHM de 0.805)
53º – Carlos Barbosa (IDHM de 0.796)
62º – Três Arroios (IDHM de 0.791)
62º – Ipiranga do Sul (IDHM de 0.791)
71º – Lagoa dos Três Cantos (IDHM de 0.789)
87º – Garibaldi (IDHM de 0.786)
92º – Nova Araçá (IDHM de 0.785)
92º – Casca (IDHM de 0.785)
100º – Ivoti (IDHM de 0.784)
100º – Santa Maria (IDHM de 0.784)
Posição de cidades da região Celeiro:
249º – Três Passos
420º – Vista Gaúcha
795º – Santo Augusto
823º – Humaitá
920º – Barra do Guarita
965º – Chiapetta
1133º – São Martinho
1154º – Miraguaí
1217º – Bom Progresso
1546º – Sede Nova
1546º – Crissiumal
1665º – Tenente Portela
1696º – Derrubadas
1811º – Campo Novo
2199º – Tiradentes do Sul
2573º – Braga
2598º – Inhacorá
2776º – Coronel Bicaco
2870º – Esperança do Sul
3254º – São Valério do Sul
3469º – Redentora
IDHM do Brasil avança 47,5% em 20 anos, mas educação ainda é o maior desafio
A média do IDHM do Brasil teve um expressivo avanço nos últimos 20 anos. Porém, foi constatado que a educação se mantém como o principal desafio do País. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 para 0,727.
A classificação do IDHM do Brasil mudou de ‘Muito Baixo’ (0,493 em 1991) para ‘Alto’ (0,727). É considerado ‘Muito Baixo’ o IDHM inferior a 0,499, enquanto a pesquisa chama de ‘Alto’ o indicador que varia de 0,700 a 0,799.
Os dados da educação são o que mais puxam para baixo o desempenho do País. Em 2010, a área teve uma pontuação de 0,637, enquanto os subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores.
Educação
Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010. "Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área", avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. "A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", concluiu.
Longevidade
O componente da longevidade, por sua vez, que é calculado pela expectativa de vida da população ao nascer, é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação. É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM ‘Muito Alto’, quando o índice ultrapassa 0,800.
Desde 1991 como o subíndice mais bem avaliado, foi também na longevidade em que a variação ao longo dos últimos 20 anos foi menor. O IDHM de longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816, na atual edição.
Renda
Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de R$ 346,31 em 20 anos. As três instituições que elaboram o Atlas ressaltam que 73% dos municípios avançaram acima do crescimento da média nacional. No entanto, há 11% de municípios com IDHM Renda superior ao do Brasil, "evidenciando a concentração de renda do País".