Senador do PMDB-RS sublinhou que o mesmo governo que estimulou a criação do PSD, em 2011, agiu contra o projeto de Marina Silva de criação de um novo partido – o qual, para ele, representa um movimento "da maior seriedade" e com "embasamento moral, social e popular"
9 de Outubro de 2013 às 07:15
Agência Senado – O senador Pedro Simon (PMDB-RS) salientou nesta terça-feira (8) a importância da eleição presidencial de 2014, na qual espera uma campanha "de alto nível", e exaltou as qualidades dos principais candidatos – Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos. Ele defendeu a aprovação da cláusula de barreira, mas classificou como "boicote" a recusa à homologação do registro da Rede Sustentabilidade.
O senador sublinhou que o mesmo governo que estimulou a criação do PSD, em 2011, agiu contra o projeto de Marina Silva de criação de um novo partido – o qual, para ele, representa um movimento "da maior seriedade" e com "embasamento moral, social e popular". Em sua avaliação, a Justiça Eleitoral não usou para todos os partidos os mesmos critérios de verificação de denúncias de fraudes em assinaturas.
– Em São Bernardo do Campo, berço do PT, oitenta e tantos por cento das assinaturas apresentadas pela Rede foram impugnadas, sem que se dissesse por quê. A lei diz que se deve fazer e se deve explicar – protestou.
Pedro Simon destacou a "grandeza" e o "espírito público espetacular" representado pelo entendimento entre Marina Silva e Eduardo Campos para o pleito de 2014, opinando que o Partido Socialista "é o segundo de cada um de nós" e que a aliança representa algo novo na política brasileira.
O senador ainda afirmou que "não tem lógica" a proliferação de partidos sem a vigência de uma cláusula de barreira.
– Para ir para a televisão, para ganhar dinheiro do fundo eleitoral, para vir para o Congresso, tem que ter povo, tem que ter voto, tem que ter garantia. Aqui não é assim. Aqui é o contrário, absolutamente o contrário – protestou.
Simon manifestou seu respeito pelos principais candidatos e declarou esperar uma campanha eleitoral "com austeridade, com seriedade e com responsabilidade" e criticou a influência dos publicitários no comportamento dos candidatos.
– Espero que tenhamos um debate político de alto nível, discutindo o futuro deste país, os rumos deste país – afirmou.
Em aparte, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) acompanhou os elogios de Simon aos três principais candidatos a presidente e opinou que, diferentemente de 2010, o país não terá no ano que vem um debate "de dossiês, de denúncias, de preconceito". Cristovam Buarque (PDT-DF), por sua vez, classificou como marcante a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, dizendo que o Brasil demanda mudanças e que o modelo de governo do PT apresenta sinais de esgotamento.