Ex-senadora diz estar "muito feliz" em ver que o governador de Pernambuco dobrou suas intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado; "porque foi apenas uma semana", acrescenta, se referindo à sua filiação ao PSB; apesar de afirmar que não se uniu a Eduardo Campos para "urubuzar" sua postulação, candidato ao Planalto pelo partido ainda pode mudar; dupla diz que nome só será definido em 2014
12 de Outubro de 2013 às 21:44
247 – A ex-senadora Marina Silva atribui a ela o crescimento do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no levantamento Datafolha divulgado neste sábado 12. "Fiquei feliz que o Eduardo dobrou a sua intenção de votos", declarou. "Isso me deixou muito feliz porque foi apenas uma semana", acrescentou a ex-ministra, se referindo à sua filiação ao PSB, oficializada no sábado passado.
Segundo a pesquisa, Campos tem hoje os votos de 15% dos eleitores, contra 8% da última pesquisa, realizada em agosto. Em Ribeirão Preto (SP), onde participará de um evento como palestrante, Marina não comentou, no entanto, o fato de ela própria estar à frente de Campos na mostra, mesmo sendo cogitada como vice na chapa. O nome de Marina, no lugar de Campos, leva a disputa para o segundo turno. Em seu melhor cenário, ela tem 29% dos votos.
Apesar disso, Marina diz não se ver como ameaça do colega. Segundo ela, os dois estão focados em discutir um programa para apresentar ao eleitorado. "Nós estamos quebrando essa lógica perversa e debatendo programa, debatendo ideias, buscando melhorar a qualidade da política", declarou. A ex-ministra disse não ter "nenhuma ansiedade tóxica" com relação ao resultado eleitoral. "Eu estou imbuída, determinada, a trabalharmos, sim, a aliança programática porque o Brasil não suporta mais a falta de uma agenda estratégica".
Em entrevista ao jornal O Globo, no início da semana, a líder da Rede declarou que não entrou no PSB para "urubuzar" a candidatura de Campos, apesar de, em outras declarações à imprensa, ter colocado que ela também é uma "possibilidade" para 2014. Em coletiva de imprensa, a dupla anunciou que um nome só será definido mesmo no próximo ano, deixando aberta a possibilidade de Marina passar a ser o principal nome do partido para uma candidatura ao Palácio do Planalto.