Em campanha permanente contra a política econômica brasileira e o governo Dilma, mídia britânica volta a bater; desta vez, o alvo é o leilão de Libra; para a revista The Economist, a reserva do pré-sal, adquirida por um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e chineses, saiu "barato"; Financial Times ironiza que o governo tenha comemorado o leilão de um só consórcio; quem desdenha quer comprar?
25 de Outubro de 2013 às 10:02
247 – Os dois principais expoentes da mídia britânica, o jornal Financial Times e a revista The Economist, voltaram a bater duro na política econômica e no governo Dilma. Para o FT, o resultado, comemorado pela presidente Dilma Rousseff, foi "medíocre". Para a Economist, a venda de Libra saiu "barato". As duas publicações questionaram o fato de o leilão ter atraído um único consórcio, formado por Petrobras, Shell, Total e duas companhias chinesas.
Há mais de um ano, tanto a Economist como o Financial Times não têm desperdiçado oportunidades para criticar a política econômica e o governo Dilma. No Palácio do Planalto, foi até identificado o homem que faria a ponte entre a oposição e a mídia global: ninguém menos que o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan (leia aqui), que é também um dos conselheiros do presidenciável tucano Aécio Neves.
No Financial Times, a reportagem sobre Libra foi assinada por Joe Leahy, chefe da sucursal brasileira do diário britânico. "Algo está errado com a formulação das políticas no Brasil", diz o texto, que classifica o resultado da oferta como "medíocre". "O entusiasmo do governo com o leilão que não foi um leilão pode ter sido, em parte, para esconder sua decepção", diz o texto. "Mas a explicação mais preocupante é que o governo está realmente satisfeito com o leilão que não conseguiu atrair concorrência. O governo pode estar aliviado com o resultado medíocre."
Na Economist, o título foi "Cheap at the price", ou seja, Libra teria sido barato. Uma analista do Itaú é ouvida na reportagem e defende o modelo de concessão – não de partilha, em que parte do óleo é revertido à União.
Será que quem desdenha quer comprar?