Um dia depois de o ministro Guido Mantega anunciar que o Brasil cumpriu sua meta fiscal de 2013, com um superávit de R$ 75 bilhões, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) contesta o resultado; "Não é verdade que o governo alcançou integralmente a meta para o resultado primário. Isso aconteceu porque o Governo Federal contou com uma receita atípica, que não ocorrerá nos próximos anos, de R$ 35 bilhões – R$ 15 bilhões da concessão do Campo de Libra e R$ 20 bilhões do Programa de Recuperação Fiscal", disse ele, em sua página no Facebook
4 de Janeiro de 2014 às 13:52
247 – O presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB-MG) acaba de postar em sua página no Facebook um texto em que contesta o resultado fiscal divulgado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega – em coletiva de imprensa, Mantega anunciou o cumprimento da meta, com um superávit de R$ 75 bilhões, R$ 2 bilhões acima dos R$ 73 bilhões prometidos ao mercado.
Aécio discorda e afirma que o número foi alcançado graças a receitas extraordinárias.
Leia, abaixo, o texto postado por ele em sua página no Facebook no início da tarde deste sábado:
Não é verdade que o governo alcançou integralmente a meta para o resultado primário. Isso aconteceu porque o Governo Federal contou com uma receita atípica, que não ocorrerá nos próximos anos, de R$ 35 bilhões – R$ 15 bilhões da concessão do Campo de Libra e R$ 20 bilhões do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS). Sem essa receita extra, o Governo Central teria fechado o ano com um superávit primário de apenas R$ 40 bilhões, quase a metade o superávit programado.
Os dados oficiais divulgados até novembro mostram que a despesa do Governo Central cresceu R$ 102,1 bilhões, 14% de crescimento nominal, quase o dobro do crescimento do PIB nominal. Nesse mesmo período, o crescimento do investimento público do Governo Federal foi de apenas R$ 3,5 bilhões, ou 6,4%. Ou seja, a despesa não financeira do Governo Central cresce muito rápido, 14% de janeiro a novembro, enquanto o investimento público está praticamente estagnado em termos reais e em queda como porcentual do PIB. – Aécio Neves