Representantes da organização do evento foram recebidos pelo governador em exercício, Beto Grill; “O apoio da prefeitura de Porto Alegre, do governo estadual e do governo federal emitem um gesto de que as diretrizes governamentais estão contra o projeto neoliberal, que assola nesse momento a Europa e cria constrangimento na castração de direitos”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo
9 de Janeiro de 2014 às 07:46
Nícolas Pasinato
Sul 21 – Nesta quarta-feira (8), foi assinado, no Palácio Piratini, o acordo de cooperação técnica para realização do Fórum Social Temático, que acontece de 21 a 26 de janeiro, em Porto Alegre e Canoas. O tema deste ano é Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental, e o objetivo do fórum é propor um “espaço de debates, articulação, proposição e luta, denunciando todo tipo de exploração e discriminação na defesa de outro mundo possível”.
Representantes da organização do evento foram recebidos pelo governador em exercício, Beto Grill. Entre eles, estava o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo. Segundo Nespolo, a assinatura do convênio permite a realização do evento com condições “extremamente favoráveis do ponto de vista material”. “Não é apenas isso. O apoio da prefeitura de Porto Alegre, do governo estadual e do governo federal emitem um gesto de que as diretrizes governamentais estão contra o projeto neoliberal, que assola nesse momento a Europa e cria constrangimento na castração de direitos. Não queremos isso para o Brasil”, acrescentou.
O presidente da CUT informou que as inscrições para o Fórum continuam abertas até o início do evento. Até o momento, segundo ele, cerca de 3 mil pessoas estão inscritas e a expectativa é de que o número de inscrições possa chegar a 4 mil.
“Haverá um conjunto de pessoas que tem muito a falar sobre os eixos do Fórum: a crise capitalista, o respeito a democracia , a justiça fiscal e a (justiça) ambiental”, disse ele, ao ser questionado sobre os participantes do evento. Ele afirma que várias figuras importantes de movimentos sociais, como sindicalistas vinculados a Confederação Sindical Internacional (CSI) virão a Porto Alegre. Há também, segundo ele, a expectativa da vinda do presidente do Uruguai, José Mujica, e da presidenta Dilma Rouseff, para participar do painel com os presidentes.
Espírito crítico do gaúcho
O governador em exercício Beto Grill destacou o “espírito crítico” do povo porto-alegrense e do Estado como fatores para a consolidação do Fórum. Além disso, falou da importância de trazer novamente para o Rio Grande do Sul o Fórum Social Mundial.
“É um acordo indispensável para dar a estrutura necessária de um grande encontro. Porto Alegre e o Rio Grande do Sul são símbolos da discussão social e de cidadania”, disse.
O secretário de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, ressaltou que o governo estadual é favorável a essa agenda, discutida, atualmente, em todo o mundo: a crítica em relação ao modelo econômico mundial. “Vamos apoiar o evento com parte da nossa infraestrutura de telecomunicação e outros instrumentos de trabalho a fim de garantir as condições mínimas para a realização do Fórum”, afirmou.
Participaram do encontro o secretário estadual da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil; o presidente da Companhia de Processamento de Dados (Procergs), Carlson Aquistapasse; a diretora geral de TVE e FM Cultura, Marta Kroth; o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre, Nilton da Silva; o diretor da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais, Mauri Cruz, entre outras representações. Mais informações sobre o Fórum acesse www.forumsocialportoalegre.org.br.
