O Governo do RS e a prefeitura de Porto Alegre trocaram farpas acerca da greve dos rodoviários, que começou no início da semana; após a declaração do prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti (PDT), que falou em "pedir ajuda da força nacional" para tentar normalizar a situação, o Governo do Estado publicou, em nota oficial que "a Força Nacional só pode ser convidada a atuar no Rio Grande do Sul pelo governo do Estado, não por prefeituras"
31 de Janeiro de 2014 às 16:55
Rio Grande do Sul 247 – Em meio à greve de ônibus que afeta o transporte público do Rio Grande do Sul desde o início da semana, o Governo do Estado e a prefeitura de Porto Alegre trocaram farpas acerca do assunto através de notas oficiais e coletivas de imprensa, nesta sexta-feira (31). Após a declaração do prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti (PDT), que falou em "pedir ajuda da força nacional" para tentar normalizar a situação, a administração estadual publicou uma nota oficial, na qual afirmou que "a Força Nacional só pode ser convidada a atuar no Rio Grande do Sul pelo governo do Estado, não por prefeituras".
No texto oficial, o Governo do Estado negou que Fortunatti havia pedido ajuda oficial da Polícia Militar, e negou que o prefeito teria autoridade para pedir ajuda federal. Em um trecho da nota, a administração estadual afirmou que "A Força Nacional só pode ser convidada a atuar no Rio Grande do Sul pelo governo do Estado, não por prefeituras. Não há nenhuma necessidade de atuação da Força Nacional no Estado nas atuais circunstâncias", acrescentando que uma interferência nos trâmites poderia "transformar um conflito coletivo do trabalho numa questão política de Estado, como ocorria nas épocas do regime de exceção".
Na manhã desta sexta, Fortunatti havia dito, em coletiva de imprensa, que "para colocar ônibus nas ruas, é preciso segurança pública". "Quem faz a segurança é a Brigada Militar. Já entramos com a ação, e eu oficiei o comandante da Brigada Militar. Mas como não obtive resposta até poucos minutos atrás, entramos com representação junto ao TRT para que, primeiro, solicite que a Brigada Militar cumpra com o seu papel e, segundo, para agendar uma nova audiência de conciliação ainda hoje", acrescentou o gestor.
Enquanto as administrações municipal e estadual trocam acusações, a situação do transporte coletivo em Porto Alegre não dá sinais de melhora. Além do descumprimento de um acordo de trégua, que estipulava uma circulação de 50% da frota, os empresários das empresas de ônibus afirmaram que só voltarão a negociar com o sindicato se os rodoviários voltarem a trabalhar.