Rio Grande do Sul 247 – O décimo dia de greve dos rodoviários em Porto Alegre amanheceu com um ônibus apedrejado e bloqueios realizados por grevistas, que impediram os coletivos de circularem pela cidade. A greve, que foi definida em assembleia da categoria no último dia 23, segue por tempo indeterminado.
Oito coletivos haviam deixado o estacionamento da Viação Teresópolis Cavalhada (VTC) e da Viação Belém Novo, do consórcio STS, mas retornaram após um dos ônibus ter sido apedrejado. Já no estacionamento da Viação Presidente Vargas, do consórcio Unibus, os motoristas e cobradores que se dispuseram a trabalhar foram impedidos de sair da garagem pelos manifestantes, que chegaram a se deitar para barragem a passagem.
O representante do comando grevista na Viação Teresópolis Cavalhada (VTC), Alex Ribeiro, afirmou que não sabe o motivo de um ônibus ter sido apedrejado, e informou que os motoristas haviam sido coagidos a voltar ao trabalho.
Desde a última semana, o Tribunal Regional do Trabalho vem aplicando multas ao sindicato, pelo descumprimento da determinação do órgão de manter uma frota mínima em circulação. No último final de semana, a prefeitura decidiu contratar vans escolares para fazerem o serviço de transporte público para a população, que enfrenta a segunda semana sem nenhum ônibus circulando na cidade.
Os manifestantes reivindicam 14% de aumento nos salários, manutenção do plano de saúde sem desconto nos salários e jornada diária de 6h. Já o setor patronal propôs um reajuste salarial de 7,5% e participação financeira dos empregados a R$ 10 no plano de saúde. A única proposta aceita pelos sindicalistas foi a regulamentação do vale-refeição, que passou de R$ 16 para R$ 19, onde o pedido era um ticket de R$ 20.
