Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Médicos cubanos vivem de cesta básica

Mais Médicos

Médicos cubanos vivem de cesta básica

Cubanos do Mais Médicos reclamam da falta de ajuda de custo das prefeituras para despesas básicas, uma exigência que consta no contrato firmado entre os médicos e o governo federal

Cubanos do programa Mais Médicos não têm recebido a ajuda de custo exigida das prefeituras pelo governo federal, que paga as bolsas dos participantes, mas responsabiliza os governos municipais cadastrados no programa pelos custos de moradia, alimentação e transporte dos médicos.

“Em Cuba, disseram que teríamos facilidades que não estamos encontrando aqui. Prometeram, por exemplo, que haveria um carro nas unidades para levar para as visitas domiciliares, mas isso não existe. Temos de pegar ônibus e pagamos a passagem”, diz uma médica cubana que atende em uma UBS da capital paulista e não quis se identificar por temer represálias.

Além da falta de verba para as despesas extras, os cubanos recebem bolsa de apenas R$ 900, ante a de R$ 10 mil paga a profissionais de outras nacionalidades. O governo cubano fica com a maior parte da bolsa, um dos motivos apresentados pela médica Ramona Rodriquez, de 51 anos, para abandonar o programa na semana passada.

Para driblar as dificuldades, muitos cubanos dependem de cestas básicas para sobrevivência e vivem em repúblicas improvisadas, recebendo “vale-coxinhas” e pagando do próprio bolso o valor das passagens de ônibus para visitar pacientes. Muitos reclamam também do valor do vale-refeição, de R$180 por mês, que dá R$8 por dia de trabalho.

Em todo o país, 37 prefeituras já foram notificadas pelo governo federal após serem acusadas de irregularidades. A maioria das notificações é por falta de pagamento dos auxílios.