TST proíbe Correios de descontar salários de grevistas
Paralisação da categoria gerou atraso de 2 milhões de cartas no Rio Grande do Sul
Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) proíbe os Correios de efetuar descontos em salários e benefícios dos funcionários em greve. A sentença, preferida na noite dessa sexta-feira pelo ministro Márcio Eurico Amaro, deve amparar mais de mil servidores que aderiram ao movimento no Rio Grande do Sul. A medida foi acatada depois que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) alegou que servidores estavam tendo os vale-refeições descontados. A empresa, porém, ainda aguarda notificação do TST para se manifestar. Depois que os servidores decidiram manter a greve da categoria no Rio Grande do Sul em assembleia realizada ontem, os Correios, novamente, deram início neste final de semana a mais um mutirão para tentar colocar em dia cerca de 2 milhões de correspondências que estão atrasadas no Estado. O acúmulo se deu ao longo dos 16 dias de paralisação. O Rio Grande do Sul soma 8,6 mil servidores. Os Correios garantem que cerca de mil aderiram à greve, totalizando 11,5% do quadro de trabalhadores. Os servidores deram inicio à greve nacional buscando manter a gratuidade do plano de saúde e implantar a entrega matutina de cartas. cp/ |