Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Deputado Marlon Santos diz que juiz Fernando V. dos Santos deveria ter se declarado impedido no caso Bernardo

Deputado Marlon Santos fez declarações polêmicas nesta terça-feira(29) de manhã, em Três Passos.

 

O deputado estadual Marlon Santos (PDT), ouvidor-geral da Assembleia Legislativa, fez declarações contundentes na manhã desta terça-feira, ao finalizar o trabalho de oitiva de depoimentos que colheu com pessoas da comunidade três-passense e representantes de órgãos da rede de proteção da infância e juventude, sobre o caso Bernardo Uglione Boldrini.

 

Segundo declarações do deputado, em entrevista exclusiva à Rádio 92,5 FM, o juiz Fernando Vieira dos Santos, que responde pela Vara da Infância e Juventude da Comarca de Três Passos, estaria sob suspeição, ao atuar neste caso.

 

No relatório final, o parlamentar afirma que o juiz Fernando Vieira,é cunhado de Paulo Boldrini, irmão do médico Leandro Boldrini. Desta forma, o deputado Marlon Santos acredita que o juiz estaria sob suspeição no caso que envolve a família Boldrini.

 

Ele destacou ainda que a esposa do juiz Fernando Vieira dos Santos, Gislaine Lunardi dos Santos, trabalha no Fórum local e é escrivã na Vara que, salvo informação contrária, vai despachar o processo criminal que será instaurado. “É estranho o fato de que tudo passou batido na comarca local desde o começo dos trabalhos envolvendo o descaso com Bernardo”, frisou o deputado.

 

Marlon Santos observa ainda que o juiz já sabia, como veiculado na imprensa de todo Brasil, que havia tentativa de homicídio acontecera com Bernardo, fato este denunciado pela ex-babá do menino para a avó materna. “Esta tomou providências.Toda a rede fez sua parte, mas o juiz subestimou o fato e deixou tudo como estava. Daí talvez a sensação de impunidade dos suspeitos?”, questionou o deputado.

 

O parlamentar questiona se vai haver mesmo independência neste caso. Disse que ficou sabendo que em Três Passos, o juiz Fernando é muito enérgico em suas ações. Neste caso, frisa o deputado, foi completamente complacente e destituído de qualquer razão. “Como poderemos acreditar em um processo imparcial e preciso se parentes por afinidade e de sangue se entrelaçam neste bilboquê todo entre julgadores e julgados”, afirma.

 

Acredita que seria lógico pensar em suspeição do juiz e da escrivã. Ele compara que até na Assembléia Legislativa, para falar na tribuna o presidente precisa deixar a presidência temporariamente para ser imparcial no seu pronunciamento. “Estamos diante de um caso estapafúrdio onde não seria tolerável, em qualquer desfecho, que as coisas feitas por gente em suspeição pudessem produzir efeito”, disse o deputado.

 

No documento que será enviado à presidência do Poder legislativo do Estado do Rio Grande do Sul, o deputado Marlon explica que este encaminhamento é feito em acordo com a Resolução 421 da casa legislativa em toda sua extensão, para que seja encaminhado com urgência a situação à Corregedoria do Poder Judiciário, bem como ao presidente do Judiciário Gaúcho, ao Conselho Nacional de Justiça e à imprensa. O deputado frisa ainda que se a mesa diretora julgar improcedente a sua atividade como ouvidor-geral, roga que considere o seu trabalho, enquanto parlamentar, pura e simples e no mais amplo dever de fiscalizar e denunciar.

 

Ouça o áudio da entrevista concedida à Rádio Alto Uruguai, pelo deputado estadual Marlon Santos, clicando neste link

 

*Fonte: Rádio Alto Uruguai