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O juiz de Direito Fernando Vieira dos Santos, que responde pela Vara da Infância e da Juventude na comarca de Três Passos, entregou uma nota à imprensa, na tarde desta terça-feira, desmentido as declarações feitas pelo deputado estadual Marlon Santos (PDT), ouvidor-geral da Assembleia Legislativa, principalmente quanto a um suposto parentesco seu ou de sua esposa, com uma cunhada do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo e que está preso temporariamente por possível envolvimento no assassinato da criança.
O magistrado repudiou as declarações do deputado e lamentou a forma como o caso foi tratado pela ouvidoria da Assembleia Legislativa, “sem sequer me ouvir, nem checar a informação”.
Também foi entregue à imprensa, cópia do levantamento realizado pelo 7º BPM – Batalhão de Polícia Militar, que utilizou seus agentes de inteligência para auferir a possibilidade de parentesco entre a esposa do juiz e a cunhada do médico Leandro Boldrini.
A entrevista concedida por Fernando Vieira dos Santos foi acompanhada pelo juiz Marcos Luis Agostini, que responde pela Vara Criminal da comarca de Três Passos, assim como pela promotora de Justiça, Dinamárcia Maciel de Oliveira, pelo defensor público, comandante do 7º BPM, major Diego Munari, e pelos delegados da Polícia Civil, Caroline Bamberg Machado, Cristiane Braucks e Marion Volino, que coordenam as investigações do caso Bernardo.
Confira abaixo a íntegra da nota distribuída pelo juiz Fernando Vieira dos Santos à imprensa:
NOTA À IMPRENSA
Não tenho qualquer relação de parentesco com os envolvidos no processo, nem por mim, nem por minha esposa. Minha esposa, GISLAINE LUNARDI DOS SANTOS, é filha de LUIZ VANIO LUNARDI e de LOURDES FACHINI LUNARDI, e não é irmã de SONIA MARIA LUNARDI BOLDRINI, que por sua vez é filha de ARLINDO LUNARDI e de LUIZA ASSUNTA MABONI LUNARDI. GISLAINE e SONIA não são irmãs, nem primas, nem parentes em qualquer grau, sequer se conhecem, jamais estiveram na presença uma da outra. Temos prova documental a respeito, resultante de pesquisa nos sistemas de identificação da Secretaria de Segurança Pública do RS. Trata-se apenas de uma coincidência de sobrenomes, coisa que se verifica comumente. Repudio e lamento a forma como o assunto foi tratado pela ouvidoria da Assembleia Legislativa, que expressou conclusões a meu respeito sem sequer me ouvir, nem checar a informação. Agora, desfeita a inverdade falada pelo deputado, podem todos os cidadãos concluir quais eram as suas reais intenções ao aqui estar.
Fernando Vieira dos Santos
Juiz de Direito
*Fonte: Rádio Alto Uruguai