O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que apoia a pré-candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), classificou como "inoportunas" as declarações do ex-presidente Lula, em uma entrevista a uma TV de Portugal, de que o julgamento do ‘mensalão’ foi "80% político e 20% técnico"; segundo o peemedebista, o ministro-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, foi coerente ao dizer que a posição de Lula merece "o mais veemente repúdio"
29 de Abril de 2014 às 17:29
Agência e Rádio Senado – O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou nesta terça-feira (29) que a CPI da Petrobras ainda não tenha sido instalada. Ao discursar no Plenário, Simon fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal envie o mais rápido possível ao Senado a comunicação com a liminar concedida pela ministra Rosa Weber em favor da CPI exclusiva para investigar denúncias de irregularidades na estatal. Na semana passada, a ministra atendeu ao pedido da oposição e decidiu a favor da instalação de uma CPI com foco na Petrobras.
Simon disse que o STF fica a "três minutos a pé" do Senado e hoje existem muitos recursos tecnológicos que permitem formas imediatas de comunicação. Ele pediu que todos os partidos indiquem logo os membros da CPI e disse que a investigação na Petrobras atende ao interesse nacional.
– A matéria é importante. Ela está gerando um amplo debate, ela está gerando uma grande discussão. É impressionante que, desde que a oposição entrou com o primeiro requerimento pedindo uma CPI até agora, os fatos se multiplicaram.
Simon ainda classificou como "inoportunas" as declarações do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que, em uma entrevista a uma TV de Portugal, disse que as decisões do Supremo sobre o caso do mensalão "foram 80% políticas e 20% técnicas". O senador elogiou o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que disse que as declarações de Lula merecem "o mais veemente repúdio".