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Defesa do pai de Bernardo pede revogação da prisão

Defesa do pai de Bernardo pede revogação da prisão em Três Passos

A defesa do médico Leandro Boldrini, preso por suspeita de envolvimento na morte do filho Bernardo Ugglione Boldrini, 11 anos, ingressou na Justiça de Três Passos com pedido de revogação da prisão temporária. Boldrini está preso desde o dia 14, quando corpo do menino foi encontrado.

 

O advogado Jader Marques sustenta que não há motivos para mater Boldrini preso, já que as duas outras suspeitas do crime disseram em depoimento que o médico não teve participação. O pedido foi feito na noite de quarta-feira, dirigido ao juiz Marcos Luís Agostini, de Três Passos.

 

Por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), o juiz informou que o pedido está sob análise do Ministério Público. O juiz disse ainda que mesmo que a manifestação do MP — sobre se concorda ou não com a revogação — seja feita nesta quinta-feira, ele só irá analisar o pedido da defesa amanhã. 

 

A mulher do médico, Graciele Ugulini, prestou depoimento na quarta-feira e isentou o marido de qualquer envolvimento no sumiço e morte de Bernardo. Ela alega que a morte foi um "acidente", por excessiva ingestão de medicamentos ministrados por ela ao menino. Edelvânia Wirganovicz, que confessou o crime em detalhes e revelou onde estava o corpo, também declarou que o médico não saberia de nada.

 

Advogado teme suicídio do médico

 

Jader Marques também disse estar preocupado com a segurança de seu cliente dentro do sistema prisional. Além de ter recebido sentença de morte por parte dos apenados, o que gerou sua transferência para a penitenciária de segurança máxima, na quarta-feira, Marques teme que o médico possa atentar contra a própria vida.

 

— Ele está abalado com a perda do filho, causada pela mulher, mãe de sua outra filha, além de preso e isolado. Tenho medo de ele próprio fazer alguma coisa.

 

Segundo Marques, Leandro está "muito abatido" e perdeu vários quilos desde 14 de março, dia em que foi preso, depois que a polícia encontrou o corpo do menino, em Frederico Westphalen:m – Ele está fraco, desfalecido. E as roupas já não servem mais.

 

O advogado afirma estar confiante na revogação da prisão temporária do médico, solicitada à Justiça de Três Passos: — É uma pessoa conhecida, tem endereço, tem trabalho. Até ontem, estava salvando vidas e, de repente, se transformou em um verdadeiro monstro, em razão de um fato que, os depoimentos estão provando, não teve qualquer participação dele.

 

Além disso, o advogado também sustenta que "não há nenhuma prova pericial, testemunhal ou documental. Não há elementos. O que existe são falas evasivas, achismos e impressões pessoais de parte de quem acusa". Ele aguarda para amanhã a possível liberação de Leandro, transferido na madrugada de quarta-feira para Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Fonte: Zero Hora