Rio Grande do Sul 247 – O diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, cobrou nesta sexta-feira, 2, do Ministério da Agricultura a divulgação do nome das vinícolas envolvidas na adulteração do vinho com o uso da substância natamicina, que prolonga a conservação da bebida e é proibida para esta finalidade no Brasil. “Fica prejudicada a imagem do setor e isso não é justo”, argumenta o diretor do Ibravin, pedindo a punição das empresas fraudadoras, durante entrevista à Rádio Gaúcha.
Paviani argumentou que o antibiótico é utilizado em outros produtos alimentícios e que é autorizado no vinho em outros países. Segundo o diretor do Ibravin, já são desenvolvidos diversos projetos para coibir esta prática de adulteração, como o Programa Alimento Seguro – Uva para Processamento, lançado nacionalmente em setembro de 2013.
O Ministério da Agricultura encontrou antibióticos em vinhos de mesa produzidos no Rio Grande do Sul. De acordo com o chefe do serviço de inspeção vegetal do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, José Fernando Werlang, 13 indústrias vinícolas são investigadas por adulteração no vinho com o uso da natamicina, um agente antifúngico que prolonga a conservação do vinho.
Diferentemente da fraude do leite, ele não é adicionado durante o transporte, mas sim nas vinícolas, no momento do engarrafamento do vinho. Segundo o Ministério da Agricultura, todos os lotes destas empresas com problemas foram recolhidos do mercado, ainda no ano passado.
Leia também: MP investiga uso de antibiótico em vinhos gaúchos
