Ajuris manifesta apoio a juiz que manteve guarda de Bernardo com pai
Audiência com cerca de 30 juízes foi realizada no Fórum de Três Passos.
Objetivo foi prestar solidariedade à população e ao juiz da cidade gaúcha.
Cerca de 30 juízes participaram na tarde desta sexta-feira (2) de uma audiência pública realizada pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) no Fórum de Justiça de Três Passos, no norte gaúcho, como mostra reportagem do RBS Notícias (confira no vídeo). O objetivo foi prestar solidariedade à comunidade pela repercussão da morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, e manifestar apoio ao magistrado Fernando Vieira dos Santos, que decidiu pela permanência de Bernardo com o pai.
"A Ajuris veio aqui manifestar a sua solidariedade à comunidade pelo fato que comoveu a todos nós", disse o presidente da entidade, Eugênio Couto Terra. A audiência foi acompanhada pelos delegados que investigam a morte do menino.
Bernardo foi encontrado morto no dia 14, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde morava com o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, e a meia-irmã. Leandro, Graciele e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da mulher, estão presos temporariamente por suspeita de envolvimento no crime.
A Ajuris criticou as acusações do deputado Marlon Santos, que havia colocado a atuação de Vieira dos Santos no caso sob suspeita alegando uma suposta ligação do juiz com os suspeitos da morte do garoto.
"Esta é uma afirmação lamentável", diz Vieira dos Santos, que já havia se manifestado negando ter tido relação com a família, "Nós não tínhamos nenhuma relação de proximidade, nenhuma relação de amizade", destacou.
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