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Advogado de Leandro Boldrini afirma que o inquérito policial que indiciou seu cliente é frágil

Jader Marques acompanhou coletiva de imprensa da Polícia Civil e rebateu teses apresentadas pela delegada

 

 

 

Logo após a entrevista coletiva e apresentação do relatório da investigação sobre a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, realizado nesta terça feira  (13/05), pela Polícia Civil, em Três Passos, o advogado Jader Marques, que atua na defesa do médico Leandro Boldrini, disse que não foi apresentado nenhum elemento concreto em relação ao seu cliente.  “Eu não estou falando que não possa ter algum indício em relação a ele, mas são indícios tão fracos, que dependem das impressões subjetivas da autoridade policial”, frisou o advogado.

 

Marques citou que a autoridade policial ditou um comportamento padrão, aquele que para ela deve ser um comportamento adequado naquela situação e não respeita a individualidade do sujeito acusado. Ao comentar sobre a forma em que Boldrini reagiu quando seu filho estava desaparecido, o advogado explicou que há pessoas que reagem a situações de nervosismo chorando, enquanto que outros, em situação de pânico e nervosismo, dão gargalhadas.

 

Para Jader Marques, as provas que a polícia apresentou são muito frágeis, uma vez que somente demonstraram a impressão obtida durante o inquérito policial. Sobre a receita para a compra do medicamento Midazolan, que teria sido assinada pelo médico Leandro Boldrini, com prescrição em nome de Edelvânia Wirganovicz, para que ela adquirisse a medicação, o defensor disse que acha estranho que a própria polícia admite excluir a possibilidade de ser uma evidência contra seu cliente, uma vez que ainda não estão totalmente comprovadas que foi ele mesmo que assinou.

 

Em relação ao fato de Leandro ter dito à polícia que o menino não teria retornado no carro, quando Graciele foi a Frederico Westphalen, o advogado explicou que seu cliente deu a entender que como havia uma TV enorme no banco traseiro  do veículo, não haveria espaço neste local para ele sentar, e que ele teria retornado no banco da frente. Esta afirmação teria sido feita por Leandro Boldrini, quando a polícia solicitou uma perícia no banco do automóvel, pois teria uma suspeita de manchas de sangue no local.

 

Sobre as ligações telefônicas, o defensor disse que o pai de Bernardo ligou várias vezes porque não tinha certeza onde estava o telefone, uma vez que o mesmo estava desligado. Desta forma, frisou que é muito leve esta acusação da policia, porque isto não comprova fato algum, apenas várias tentativas de ligações.

 

Jader Marques também lamentou que na véspera da coletiva à imprensa, houve o vazamento da informação sobre possíveis gravações telefônicas. Segundo o advogado, esta atitude foi realizada de forma criminosa e irresponsável por parte de um servidor da justiça para a imprensa. Já em relação a possíveis conversas entre os advogados, ele afirmou que isto não é motivo para incriminar seu cliente.  Acrescentou que é normal os advogados conversarem entre si, em um procedimento como este.

 

Ele concluiu dizendo que está tranquilo de que seu cliente é inocente, pois, para ele, a polícia não apresentou nenhuma prova concreta e material sobre o envolvimento de Leandro na morte do filho.

 

O defensor ainda reafirmou que o médico teria dito que desabou no momento que soube da morte de Bernardo, no dia 14 de abril, e que, inclusive, alguns policiais ouviram este relato e que este fato não consta no inquérito. O advogado afirmou ainda que Leandro teria investido contra Graciele quando soube que ela teria matado o menino, e teve de ser seguro pelos policiais que estavam na sala com os dois detidos.

 

Fonte e foto – Rádio Alto Uruguai