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A Polícia Civil concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta terça-feira (13/05), a fim de explicitar os detalhes das investigações do Caso Bernardo e das conclusões do inquérito que foi entregue ao poder judiciário na manhã de hoje. Os três principais suspeitos, que seguem presos, foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A delegada regional de Polícia, Cristiane de Moura e Silva Braucks, comentou os detalhes do indiciamento da assistente social Edelvânia Wirganovicz. Já o delegado Marion Volino relatou as provas colhidas que indiciam a madrasta Graciele Ugulini.
Já a delegada Caroline Bamberg Machado teve a tarefa de explicitar a participação do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo. A delegada relatou trecho de uma conversa com um irmão que seria decisivo para provar que ele sabia detalhes da morte do menino.
De acordo com Caroline, o irmão contou a Leandro que a polícia havia achado manchas que poderiam ser sangue no banco traseiro do veículo de Graciele e que seria feita uma perícia. Nesse momento, Leandro teria dito ao irmão que o garoto não havia retornado no carro, comprovando, de acordo com a delegada, que ele sabia que o garoto havia sido levado e não tinha voltado com esposa de Frederico Wesphalen.
Além disso, o medicamento usado por Graciele Uglini para matar Bernardo Boldrini foi comprado com um receituário supostamente assinado por Leandro Boldrini. O médico teria assinado a receita destinada à amiga do casal e assistente social, Edelvânia Wirganovicz, que fez a compra do remédio com a substância midazolam. A polícia ainda espera o resultado da perícia para comprovar a veracidade da assinatura no receituário.
Logo que foram avisados do sumiço de Bernardo, os policiais passaram a trabalhar com três hipóteses: desaparecimento por conta própria, sequestro e homicídio. Conforme Caroline, já no final do primeiro dia das investigações a polícia chegou à certeza de que o menino havia sido assassinado. Na sequência, informações de testemunhas sobre a relação tumultuada de Graciele e Leandro com Bernardo levaram ao caminho de que eles haviam planejado a morte do garoto.
O comportamento de Leandro Boldrini após o desaparecimento de Bernardo teria gerado estranhamento até mesmo em amigos do médico. Segundo relato da delegada, ele teria se mostrado tranquilo com a situação e não se mostrava interessado em seguir as pistas que apareciam logo após o desaparecimento do menino. Caroline Bamberg afirmou que seria mais uma prova de que ele tinha pleno conhecimento do que havia ocorrido com o filho.
A polícia ainda teve a informação de uma amiga da madrasta de Bernardo, que foi até aos polícias após saber da morte do menino, de que Graciele a teria procurado no mês de janeiro para conversar sobre a tumultuada relação com o garoto. Na ocasião, Graciele teria dito à amiga que ela e o pai teriam tomado a decisão de matar o garoto sugerindo que precisavam de ajuda. Após ver a ideia reprovada pela amiga, Graciele foi embora e então teria encontrado na assistente social Edelvânia Wirganovicz a cúmplice para o crime.
Fonte: Rádio Alto Uruguai e Correio do Povo