Órgão solicitou à Polícia o conteúdo das escutas telefônicas usadas nas investigações
A seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil requisitou à Polícia Civil (PC) nesta quarta-feira o conteúdo das interceptações telefônicas usadas na investigação sobre a morte do menino Bernardo Uglioni Boldrini, de 11 anos. Durante a entrevista coletiva dos investigadores foi levantada a suspeita de que os advogados dos três indiciados combinaram depoimentos para livrar o pai do garoto, Lendro Boldrini, de responsabilização pelo crime. “O exercício da advocacia deve ser pleno… e sustentamos o exercício da advocacia com ética, com transparência”, disse o presidente da representação, Marcelo Bertoluci. O ofício com o pedido da Ordem foi encaminhado à Chefia de Polícia com solicitação de resposta urgente. Bertoluci não adiantou quais as suspeitas que serão investigadas. O presidente, no entanto, reforçou a necessidade do atuar ético e sem interferência. “A Ordem não tem elementos para, ainda em tese, falar… a Ordem, no exercício da sua prudência, na defesa absoluta das prerrogativas da advocacia, na defesa do atuar ético… solicitou o conteúdo… para que então possa aprofundar o conteúdo das mesmas (interceptações) e formar a sua avaliação sobre o problema”, completou. O trabalho da PC resultou no indiciamento do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta do menino, Graciele Ugulini, e a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz. Os três foram indiciados por homicídio doloso (com intenção) qualificado e ocultação do cadáver de Bernardo, encontrado em 4 de abril em uma cova na zona rural de Frederico Westphalen, a 110km de onde vivia com a família, em Três Passos. Veja o vídeo com últimas imagens de Bernardo Boldrini vivo:
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