Ministro do STF voltou atrás em sua decisão de libertar da prisão o doleiro Alberto Youssef e mais 10 investigados na Operação Lava Jato; ministro aceitou argumentação do juiz federal do Paraná Sergio Moro, que alertou para o risco de fuga dos acusados, caso fossem soltos; exceção é o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que deixou ontem a prisão da Polícia Federal (acima), em Curitiba, beneficiado pela primeira decisão do juiz do Supremo; continuará em liberdade; Teori determinou na segunda-feira a soltura dos 12 presos no processo; na manhã desta terça 20, na nova decisão, ele também disse que o plenário do STF irá decidir se o processo deve ser encaminhado integral ou parcialmente à corte; neste caso, ministros julgariam apenas os deputados André Vargas e Luiz Argôlo; os demais envolvidos voltariam à primeira instância
20 de Maio de 2014 às 11:31
247 – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, decidiu autorizar a manutenção das prisões decorrentes da Operação Lava Jato. Ele aceitou a argumentação do juiz federal do Paraná Sergio Moro, que alertou ontem sobre o risco de fuga dos alvos da investigação de lavagem de dinheiro. Moro enviou ofício ao STF após a decisão de Teori que determinou a soltura dos 12 presos no processo, entre eles o doleiro Alberto Youssef.
A exceção é o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, único que foi solto nesta segunda-feira, após a decisão de Teori, que continuará fora da prisão. Quando determinou a soltura dos acusados, o ministro do Supremo atendia a uma acusação da defesa de Costa, que acusava o juiz do Paraná de extrapolar sua função ao investigar o deputado federal André Vargas (sem partido/PR), que tem foro privilegiado. Teori concordou com o advogado do réu e determinou que todo o processo fosse encaminhado à corte suprema.
"Em face das razões e fatos destacados nas informações complementares, autorizo, cautelarmente, que se mantenham os atos decisórios, inclusive no que se refere aos decretos de prisão", disse o ministro, ao reconsiderar sua decisão. Segundo Teori, o Supremo também vai decidir se a parte do processo que envolve quem não tem foro privilegiado deve ser enviado para a primeira instância ou para a corte suprema. Ontem, o juiz Sergio Moro pediu esclarecimentos sobre o "alcance da decisão".