El Niño deve ter intensidade mais fraca que o previsto, diz entidade
GENEBRA – A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta possibilidade de 60% de o fenômeno El Niño se desenvolver nos próximos meses, mas acha agora que esse fenômeno climático poderá ter intensidade fraca, e não forte, como se temia.
A entidade tem insistido para os governos reforçarem planos de urgência para enfrentar as consequências de um fenômeno El Niño neste ano sobre a agricultura, gestão de recursos aquáticos, saúde e outros setores sensíveis ao clima.
Em nova avaliação, a OMM diz que, apesar do aquecimento da superfície do Oceano Pacífico equatorial até junho, houve um retorno à normalidade em julho e agosto.
No entanto, a entidade reitera que os modelos climáticos e opiniões de especialistas sugerem que a temperatura do oceano Pacífico equatorial pode voltar a aquecer, potencialmente elevando os níveis do El Niño nos próximos três meses.
Conforme a OMM, os modelos indicam agora de possibilidade entre 55% e 60% de o El Niño se desenvolver entre setembro e novembro, e de 70% para o período novembro-fevereiro.
Mas, desta vez, o fenômeno poderá ter uma dimensão fraca. Um nível moderado não pode ser descartado, porém em todo caso um evento forte parece descartado, segundo a OMM.
O El Niño ocasiona eventos extremos e se caracteriza por temperaturas da superfície do mar anormalmente elevadas na parte centro-oeste do Pacífico tropical. Ele ocorre a cada dois a sete anos, tendo incidência forte sobre o clima mundial.
Um episódio do El Niño pode criar condições anormalmente secas no norte da Austrália, na Indonésia e nas Filipinas. Ao mesmo tempo, pode ocorrer "déficit de chuva" no sudoeste da África e no nordeste do Brasil.